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Fim dos cobradores de ônibus: quais são os prós e os contras?

Recentemente, a prefeitura de Porto Alegre anunciou que a categoria de cobrador de ônibus será extinta no município até o ano de 2025. A decisão, que também tem sido analisada por outras cidades brasileiras, tornou-se alvo de reflexão de cidadãos e especialistas em mobilidade urbana. Entenda.

Fim dos cobradores de ônibus: quais são as motivações?

Diversos países pelo mundo não têm cobradores dentro dos ônibus. (Shutterstock/Reprodução)

A retirada dos cobradores dos ônibus não é uma mudança recente, uma vez que ela já vem sendo adotada por algumas cidades brasileiras nos últimos anos. Entre as principais motivações pontuadas pelas prefeituras para a mudança estão aspectos como segurança, economia da folha de pagamento e a redução do custo da tarifa do transporte público.

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Sendo exemplo disso, Recife tem retirado os profissionais de diversas linhas desde 2016 sob o argumento de diminuir os assaltos que acontecem no interior dos veículos. Apesar de a medida não ser considerada efetiva por alguns recifenses, cidades como Campinas tiveram um grande sucesso com a iniciativa.

São Paulo, apesar de ainda não ter efetuado a mudança, também tem levantado a possibilidade nos últimos tempos. De acordo com o portal Diário do Transporte, os gastos com cobradores de ônibus na cidade são estimados em R$ 1 bilhão, enquanto apenas 6% dos passageiros utilizam o dinheiro como forma de pagamento.

Devido ao aumento da adesão a formas de pagamento eletrônicas pela população, como os cartões de transporte, crédito e débito, muitos gestores urbanos estão se questionando da real necessidade de permanência dos cobradores de ônibus dentro dos veículos.

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Em determinadas cidades, motoristas já realizam a função dupla nos veículos. (Shutterstock/Reprodução)

Como exemplificado, entre os principais pontos positivos para a retirada dos cobradores de ônibus estão a redução dos custos com a folha de pagamento e o aumento da segurança interna dos veículos, uma vez que isso tende a diminuir a taxa de assaltos.

Por outro lado, não há uma correlação direta entre cobradores e roubos. Como exemplo, mesmo não havendo cobranças diretas em seus biarticulados, Curitiba sofre arrastões dentro de veículos, deixando os usuários do transporte em situação de vulnerabilidade da mesma forma.

Além disso, entre os pontos negativos em relação à mudança, está o destino dos profissionais que estão atuando na área. Porto Alegre, por exemplo, anunciou que os cobradores com idade avançada serão aposentados, enquanto os demais poderão realizar cursos para serem inseridos em outras funções da empresa.

No entanto, especialistas ainda se preocupam com esse remanejamento. Outro fator de atenção é a sobrecarga dos motoristas, que devem passar a realizar a dupla função nas linhas que continuarem aceitando o dinheiro físico como pagamento, ou seja, o problema da exposição ao dinheiro não apenas permanece como também implica em sobrecarga de trabalho.

Apesar disso, a retirada dos cobradores já faz parte da realidade atual e a mudança pode ser considerada irreversível, devendo impactar diversas cidades do Brasil nos próximos anos.

Fonte: ND Mais, Diário do Transporte.

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