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Novos modais podem acelerar a transformação das cidades

Com o desenvolvimento de novos meios de deslocamento, passando pelos carros voadores, o Brasil pode ser palco da revolução dos transportes. Para abordar diferentes perspectivas voltadas para a visão do futuro, o Summit Mobilidade 2023 contou com o painel Mobilidade além do asfalto: novos modais para acelerar a transformação do País e das cidades.

Em debate mediado por Victor Vieira, Editor do Metrópole, tivemos a presença de Jô Pereira, Diretora da Ciclocidade e fundadora do Pedal na Quebrada; Maína Celidonio de Campos, Secretária municipal de Transportes do Rio de Janeiro; Thiago Piovesan, CEO da Indigo; Luiz Mauad, Vice-presidente de Serviços e Operações de Frota da Eve Air Mobility e Thyerry Mendes, Gerente comercial da inDrive Brasil.

Confira abaixo o que eles abordaram no Summit Mobilidade 2023.

Painel abordou como as diferentes transformações podem impactar as cidades. (Fonte: Summit Mobilidade 2023/Reprodução)

Impactos dos modais para o futuro

Durante a discussão, Jô Pereira disse entender que é fundamental ter bem definidos os públicos que serão alvos das transformações. Por isso, ela defendeu: “pensar em sustentabilidade é pensar no coletivo.” Já Maína indicou que, apesar do desenvolvimento de novas tecnologias, ainda é crucial se atentar a aspectos mais básicos e que dizem respeito a operação dos transportes já disponíveis.

Outro ponto abordado ao considerar os novos modais desenvolvidos foi levantado por Thyerry Mendes, que acredita ser interessante refletir sobre como isso pode contribuir para a melhoria dos serviços. Segundo ele, isso pode gerar impacto social ao reduzir o tempo destinado a uma determinada atividade, e até mesmo reduzir a necessidade de se deslocar.

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Thiago Piovesan, ao falar sobre o uso da mobilidade para promover a eficiência, defendeu a importância de um projeto estrutural que privilegie a integração entre diferentes modais. Luiz Mauad, por sua vez, ao falar sobre o carro voador desenvolvido pela Eve, ligada à Embraer, destacou que um dos principais objetivos envolvidos é o de reduzir o tempo de deslocamento.

Como os problemas de congestionamento cada vez mais impedem isso, o desenvolvimento dos eVTOLs se mostra crucial para oferecer uma alternativa que seja mais acessível. Dessa forma, ele poderia ser empregado em diversos contextos de deslocamentos.

Ao ser perguntada sobre formas de levar tecnologias aos locais mais afastados, Jô Pereira disse que isso ainda se mostra bastante desafiador, já que mesmo as tecnologias mais básicas se mostram pouco acessíveis à população. Por fim, ter foco na qualidade de vida das pessoas foi apontado por ela como um caminho para avançar.

Em evento, Bogotá é citada como exemplo de cidade de que incentiva a mobilidade ativa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Como preparar as cidades para um novo cenário

Dentre as iniciativas que podem transformar a forma de deslocamento das cidades, o incentivo ao uso de bicicletas é considerado bastante promissor. Para tornar as cidades mais atrativas para os ciclistas, Maína aponta como medida válida a ampliação da rede cicloviária e a conexão com terminais de ônibus.

Os carros voadores também não ficaram de fora: Luiz Mauad comenta que integrar seu uso a outros meios também é interessante, desde que ocorra de forma eficiente. Ao pensar do ponto de vista do usuário, Thyerry Mendes afirma ser necessário buscar ampliar os benefícios disponíveis, como o acesso a um aplicativo de mobilidade.

Para Maína, refletir sobre o uso do carro é um caminho para reduzir a frota de veículos. Jô Pereira, por sua vez, atribui às políticas públicas um papel crucial para ampliar o uso do transporte coletivo. Luiz lembrou ainda que as parcerias público-privadas possuem um papel-chave nesse processo, visto que é dever de todos trabalhar para reduzir os impactos ambientais e tornar os transportes mais eficientes.

Fonte: Embraer

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