Na primeira semana de janeiro deste ano, o novo governo assumiu o poder com a proposta de promover avanços estruturais no País. Nesse cenário, também ocorreu a posse de ministros que vão compor a equipe; na cerimônia, foram destacadas algumas mudanças previstas.
Uma das alterações diz respeito ao Ministério da Infraestrutura, que, com o recente desmembramento, foi dividido em Ministério dos Portos e Aeroportos, que será comandado por Márcio França, e Ministério dos Transportes, que será gerido por Renan Filho.
Confira o perfil do novo ministro e quais são as perspectivas e propostas para a pasta.
Conhecendo o novo perfil do Ministério dos Transportes
Alagoano, Renan Filho é economista formado pela Universidade Federal de Brasília (UnB). Foi governador do Estado de Alagoas entre 2015 e 2022 e prefeito do município de Murici de 2004 a 2010. Além disso, foi eleito senador do referido Estado nas últimas eleições.
Com 43 anos e filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o novo ministro dos Transportes enfrenta um cenário desafiador. Entre as propostas está conduzir avanços no projeto da Ferrogrão, que interliga os Estados de Mato Grosso ao Pará, visando reduzir a dependência de modal rodoviário no trecho.
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A obra, que foi paralisada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), é considerada um risco do ponto de vista ambiental. Esse teria sido, inclusive, um dos motivos que teriam feito o Presidente Lula incentivar que Renan Filho e a nova ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, dialogassem na busca por soluções.
Os primeiros três meses do governo também prometem ser de retomada de obras nas estradas. O orçamento destinado à pasta possibilitará a aplicação de R$ 1,7 bilhão para a entrega de mais de 800 quilômetros de rodovias, revertendo o cenário apontado em que há mais de cem obras paralisadas ou com atrasos na condução.
Ampliação das ferrovias e busca de investimentos em infraestrutura
Segundo o ministro, um dos objetivos é elevar a presença de ferrovias no Brasil em 40% até 2035, contrastando com a realidade, em que não superam 20% de participação atualmente. Além disso, ele aponta que vai priorizar as reformas de prevenção de acidentes, em um contexto em que as obras de infraestrutura são essenciais para reverter o cenário encontrado, em que boa parte das estradas sob concessão pública apresenta má avaliação e prejudica a logística.
Outro objetivo, ainda segundo Renan Filho, é atrair investimentos privados para ajudar a elevar as exportações com segurança. Entre as rodovias federais na mira das próximas obras estão a BR-364, no Acre, a BR-116, nos trechos que atravessam Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul, além da BR-432, em Roraima.