O envelhecimento populacional está moldando o século 21. Até 2050, um quinto das pessoas do mundo deverão ter mais de 60 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Dois terços delas morarão em cidades, conforme apontam projeções da Organização das Nações Unidas (ONU).
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A mobilidade urbana é um dos fatores que mais afetam a qualidade de vida, pois a falta de planejamento urbano pode gerar uma verdadeira exclusão dessa parcela da população.
Quais são os desafios da mobilidade para o novo normal?
Obstáculos como buracos, degraus e desníveis em calçadas e a falta de rampa em ônibus limitam os deslocamentos dos idosos e ainda podem causar acidentes graves. Dessa forma, adequações tanto no espaço físico quanto no urbano e ações educativas são necessárias para garantir a mobilidade urbana de pessoas com mais de 60 anos e a sua integração efetiva à sociedade.
Como construir uma cidade amiga do idoso?
A OMS elaborou um guia internacional com parâmetros para orientar o desenvolvimento urbano e otimizar oportunidades para saúde, participação social e segurança, aumentando a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem. Conheça 12 caminhos para garantir uma cidade amiga do idoso.
1. Limpeza e agradabilidade
Os idosos valorizam um ambiente de paz e tranquilidade. A sujeira, o nível de ruídos e odores desagradáveis ou nocivos nos espaços públicos são fatores desestimulantes para a locomoção da terceira idade nas áreas públicas.
2. Espaços verdes
Espaços verdes menores e bem distribuídos pela cidade, inclusive na periferia, são mais adequados à terceira idade do que grandes parques muito frequentados. Essas áreas devem ser bem conservadas e oferecer infraestrutura básica para visitação.
3. Lugares para descansar
Bancos e áreas para sentar são equipamentos fundamentais para garantir a mobilidade urbana dos idosos. Para muitas pessoas, é difícil andar pela cidade sem lugar um disponível para sentar e descansar.
4. Calçadas amigáveis
Calçadas estreitas, desniveladas, com meio-fio alto ou obstáculos são perigosas e afetam a caminhabilidade dos idosos. As calçadas devem ter uma superfície homogênea, plana, antiderrapante, com largura suficiente para circulação de cadeira de rodas. O meio-fio deve ser rebaixado ao nível da rua, e o caminho deve estar livre de obstáculos.
5. Cruzamentos seguros
Semáforos de trânsito que mudam rapidamente dificultam o deslocamento de pedestres ou motoristas idosos. Contagem regressiva visual e sinais sonoros em cruzamentos facilitam a travessia e aumentam a segurança em cruzamentos.
6. Acessibilidade
Planejadores urbanos precisam pensar a cidade para idosos e pessoas com mobilidade reduzida, garantido a existência de estruturas como rampas e faixas de pedestres no mesmo nível das calçadas.
7. Segurança
A melhoria da sensação de segurança estimula todas as pessoas, principalmente as idosas, a se deslocarem pelos espaços urbanos.
8. Edifícios amigáveis
Não só os espaços urbanos devem ser acessíveis, mas o destino dos deslocamentos. Edifícios privados e públicos devem conter elevadores, escadas rolantes, rampas, portas e corredores amplos, entre outros instrumentos, para garantir o acesso à terceira idade.
9. Transporte de baixo custo
O custo é um dos principais fatores que afetam o deslocamento dos idosos. Dessa forma, a gratuidade ou subsídio no transporte público é uma política necessária.
10. Disponibilidade de opções de locomoção
O transporte público precisa estar disponível em todas as regiões. Além disso, o serviço deve ser confiável e frequente, garantindo o assento para idosos.
11. Paradas e estações
O desenho, a localização e as condições das paradas e das estações de transporte público são também características importantes.
12. Veículos amigáveis
Embarcar e desembarcar de veículos é um grande problema para idosos. Plataformas elevadas e ônibus com pisos rebaixados facilitam o acesso aos veículos para a terceira idade.
Fonte: Freedom, Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Essence Cuidados, Gestão & Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS).
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