Turismo e transporte são duas coisas indissociáveis; afinal, para viajar, o turista precisa de boas formas de se locomover de um local para outro, e o ir e vir dentro das cidades também é fundamental. A experiência com vias urbanas, sinalização, segurança e até atendimento na compra de passagem influencia a visão do viajante sobre os destinos.
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Os próprios meios de transporte podem ser transformados em atrativos turísticos tanto pela infraestrutura quanto pela qualidade dos serviços oferecidos e pelo conteúdo turístico agregado ao meio. O Elevador Lacerda, em Salvador (BA), e o Bondinho de Santa Teresa, no Rio de Janeiro (RJ), são exemplos dessa possibilidade.
Papel facilitador para o turismo
A mobilidade urbana tem um papel imprescindível, já que a falta de integração do sistema de transporte urbano pode inviabilizar a existência de um ponto turístico. O transporte público deve oferecer ligação entre as áreas de destino e de origem, como regiões hoteleiras, terminais rodoviários, portos e aeroportos. A integração entre modais também é essencial para que a mobilidade urbana tenha um papel facilitador para o turismo.
Bicicleta elétrica pode ser uma opção em grandes cidades
O transporte, assim, deve permitir a circulação de viajantes em férias, a negócios ou até mesmo por motivos de saúde e educação. Para tanto, a tarifa pública deve ser econômica e acessível a todos os usuários, principalmente se as atividades turísticas não estiverem concentradas em uma única área.
Corredores turísticos
De modo geral, quando os serviços de transporte público são eficientes para os moradores, também são adequados para a experiência dos visitantes. Ainda assim, a mobilidade urbana dos turistas merece atenção especial. A atividade turística não depende apenas de recursos naturais e culturais mas também de ações de planejamento e gestão que devem incorporar medidas estruturadoras de mobilidade urbana para aumentar a acessibilidade e a atratividade dos pontos de interesse.
Por que o transporte público de Curitiba é copiado no mundo?
Uma das abordagens sistêmicas nesse sentido é a criação de corredores turísticos. A instalação dessas estruturas deve considerar a conservação das paisagens urbanas e naturais como geradores de valorização dos destinos turísticos, de modo a propiciar a percepção de uma identidade do local visitado, fortalecendo a imagem da cidade. Dessa maneira, esses espaços podem se tornar uma força indutora do desenvolvimento social e econômico do local, o que beneficia tanto visitantes quanto moradores.
Fonte: Universidade de São Paulo, Revista Turismo
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