Ícone do site Summit Mobilidade

O que é o GNV?

O Gás Natural Veicular (GNV) é um dos combustíveis que têm a menor taxa de poluição, pois é formado por hidrocarbonetos leves, majoritariamente de metano e etano. A ação da pressão atmosférica e da temperatura ambiente permitem que esses compostos permaneçam em estado gasoso.

Comparado a outros combustíveis fósseis, o GNV é muito mais limpo, pois sua queima não emite monóxido de carbono e não tem enxofre em sua composição. Além dos benefícios para o meio ambiente, o GNV tem sido muito procurado por ser mais barato do que a gasolina. O valor referente a 1 litro de gasolina chega a ser 36% menor. Porém, quem deseja converter o carro para um sistema GNV precisa levar uma série de fatores em consideração.

A conversão para o GNV necessita de um bom investimento, os valores podem variar de R$ 2 mil a R$ 6 mil. Além disso, é preciso obter a liberação do Detran e uma nova documentação para o carro, o que pode gerar mais custos dependendo do estado. Algumas peças também podem precisar de maior reposição e devem passar por uma vistoria anual.

Carro com tanque GNV. (Fonte: Detran AM/Reprodução)

Vamos conhecer um pouco mais das vantagens e desvantagens de apostar no GNV!

Vantagens

Além do preço do combustível e da maior quilometragem rodada por metro cúbico, motoristas que utilizam o GNV também podem ter incentivos financeiros. Alguns estados oferecem desconto no Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) para quem faz a conversão do veículo. No Rio de Janeiro, por exemplo, a alíquota do imposto cai de 4% do valor do veículo para 1,5% — em alguns casos isso pode significar um desconto de até 70%.

Outra vantagem é o aumento da vida útil de algumas peças do veículo. Como é um combustível seco, o GNV não produz resíduos nas partes internas do motor, o que garante a maior conservação das peças e uma menor necessidade da troca de óleo.

O escapamento dos carros ou caminhões convertidos a GNV também duram mais, a vida útil da peça chega a ser 20% maior, isso porque esse combustível não gera o acúmulo de água na peça como os combustíveis comuns.

Desvantagens

Como vimos, algumas peças são mais bem conservadas em um sistema GNV, porém outras podem sofrer um desgaste maior. É o caso do cabeçote, que pode sofrer trincamento devido à pressão maior de um sistema a gás.

Os cabos da vela também devem ser trocados com maior frequência — sua durabilidade chega a cair pela metade. Além disso, as válvulas podem sofrer mais avarias por estarem trabalhando a seco.

Por fim, a instalação do sistema GNV faz com que o veículo perca um pouco da potência. Modelos mais antigos podem reduzir em 10% a potência total, já os mais novos prometem manter a redução entre 3% e 4%. O sistema é pesado e ocupa um bom espaço do porta-malas, isso também pesa no desempenho.

Para decidir se vale a pena ou não fazer a troca, é preciso pesquisar. Alguns especialistas afirmam que carros que rodam mais de 5 mil quilômetros por mês recuperam o investimento em dois meses. Porém, deve-se colocar no cálculo a troca de peças e as vistorias necessárias.

Cuidados

Por todo o risco que um sistema a gás pode gerar se for mal instalado, existe uma burocracia maior na instalação e nas vistorias do sistema. Depois de instalado o sistema GNV, o veículo deve passar por uma vistoria em empresas de Organismo de Inspeção Acreditado (OIA) ou em uma Instituição Técnica Licenciada (ITL) para obter um Certificado de Segurança Veicular (CSV).

Vistoria realizada no Detran-MT. (Fonte: Detran MT/Reprodução)

Anualmente, o veículo deve passar por vistorias, que podem ser feitas nos OIAs ou nas ITLs. Também é recomendado que o veículo circule com uma pequena reserva de gasolina, para partidas em dias frios.

Fonte: Blog Wlmscania, Brasil Escola, Auto Papo, Petrobras, Summit Mobilidade Estadão.

Sair da versão mobile