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7 cidades do mundo com iniciativas bike friendly

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Deixar o carro na garagem e colocar a bicicleta no sol: essa tem sido uma tendência de mobilidade das principais cidades do mundo. Apenas nas capitais brasileiras, as ciclovias somam mais de 3 mil quilômetros — o percurso permitiria pedalar de Curitiba a Natal, no Rio Grande do Norte.

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Com a pandemia do coronavírus, a bike tem se tornado ainda mais popular. Por isso, não há momento mais propício do que esse para conhecer algumas medidas bike friendly ao redor do mundo que são sucesso há anos. Confira sete cidades que resolveram apostar nesse modal.

1. Londres

Estrutura de superestradas para bicicletas auxiliam em longos trajetos. (Fonte: Shutterstock)

Quatro bilhões de libras: esse é o custo estimado da implantação das Cycle Superhighways, que ligam radialmente o centro de Londres a regiões mais afastadas da cidade. Trata-se de uma série de superestradas para ciclistas, separadas dos carros e pensadas para pedalar longas distâncias.

Embora o custo possa assustar, a iniciativa é pensada junto a um arranjo de soluções que visam planejar a mobilidade do futuro londrino — a meta é que, em 20 anos, 80% dos trajetos sejam feitos a pé, de bicicleta ou por transporte coletivo — e arrecadar fundos.

2. Amsterdã

Pensando nisso, algumas entre as cidades mais inteligentes do mundo têm procurado articular diferentes modais que respondam satisfatoriamente a todo o trajeto a ser percorrido.

Um ótimo exemplo são os estacionamentos de bicicleta de Amsterdã. A cidade possui 13 milhões de habitantes e 17 milhões de bicicletas. Assim, as pessoas possuem bicicletas espalhadas ao longo dos pontos da cidade pelos quais mais circulam, sobretudo ao lado de estações de metrô, de forma que todo o trajeto seja coberto.

3. Eidhoven

Starry Night é a primeira ciclovia do mundo que brilha no escuro. (Fonte: CNN/Reprodução)

Nesta cidade holandesa foi construída a Starry Night, a primeira ciclovia que brilha no escuro. Além de ajudar a melhorar a capacidade de visualização do ciclista, o artista Daan Roosegaarde encontrou uma ótima forma de render homenagem ao também holandês Vincent van Gogh, que viveu no século XIX: The Starry Night (A Noite Estrelada) é uma das mais famosas obras do artista.

4. Copenhague

Outra obra cicloviária que chama a atenção tanto pela beleza quanto pela funcionalidade está em Copenhague, capital dinamarquesa. Trata-se da Cykelslangen, uma ponte exclusiva para ciclistas sobre o canal marítimo que corta a região portuária.

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Além de ser a melhor forma de acessar a ilha que separa a capital, o formato de serpente e um belo pôr do sol são ótimos convites ao ciclismo. A ponte é um ícone do esforço dinamarquês em retomar o hábito de pedalar, que foi suplantado pela cultura do carro mas vem ganhando novos adeptos há alguns anos.

5. Curitiba

A via calma compartilhada traz mais segurança aos ciclistas. (Fonte:Alf Ribeiro / Shutterstock)

Curitiba é um exemplo de como criar espaços propícios ao ciclismo contribui para a adoção do modal. Já referenciada como uma cidade inteligente com soluções de transporte padrão ouro, como o tradicional BRT, a capital paranaense tem se dedicado a políticas de estímulo ao modal cicloviário, como a adoção de vias calmas compartilhadas.

Como conter a gentrificação e ampliar o acesso à cidade?

Segundo um estudo publicado em 2017 na Revista Brasileira de Gestão Urbana — que entrevistou residentes de Curitiba sobre a via calma compartilhada da avenida Sete de Setembro (na margem da via, que possui limite de velocidade de 40 km/h, há uma faixa destinada às bicicletas) —, mais da metade das pessoas apontaram que a construção desse espaço foi o diferencial para desejar usar a bicicleta como meio de transporte.

6. São Paulo

Com mais de 10 milhões de habitantes, a capital paulista possui a maior rede cicloviária do País: são mais de 500 quilômetros de ciclovias apenas na cidade — se considerar a Grande São Paulo, o número é ainda superior.

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Mas não é só no tamanho da malha que a cidade se destaca: ela possui uma política tradicional relacionada às ciclofaixas de lazer, que são abertas especialmente aos domingos. Embora não permita o trânsito cicloviário do cotidiano, essa modalidade é capaz de “iniciar” os paulistanos no mundo das bikes e ganhar novos adeptos.

7. Fortaleza

A capital cearense possui uma meta ambiciosa: se tornar a capital brasileira mais pedalável. Para isso conta com um Plano Diretor Cicloviário Integrado, ligado ao Plano Diretor da cidade. Embora já ocupe o quarto lugar entre elas, com cerca de 250 quilômetros de ciclovias, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, que estão à sua frente, possuem mais de 400 quilômetros cada uma. São concorrentes de peso.

Porém, se o objetivo é ousado, a adesão dos fortalezenses têm animado o Poder Público. A cidade está entre os casos de sucesso que demonstram que a oferta de boa estrutura para pedalar faz diferença na mudança de hábitos da população.

Fonte: Scielo, Mobilize, Urban Hub, Conexão Planeta.

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