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Holanda: metade das bicicletas vendidas em 2020 são elétricas

Os Países Baixos sempre foram referência em ciclomobilidade. Amsterdã é um caso sempre lembrado, e cidades menores, como Groningen, também ganharam destaque ao priorizar a infraestrutura para pedestres e ciclistas.

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O mercado de bicicletas por lá não parou de se transformar. Atualmente, a mudança é tecnológica: os modelos elétricos ganham cada vez mais espaço no setor e cada vez mais são a preferência de compra na hora de trocar ou adquirir um novo modelo.

Seguindo a tradição

De acordo com um relatório publicado pelas empresas RAI Vereniging e BOVAG, que atuam no campo da mobilidade, foram comercializadas 1,1 milhão de novas bicicletas na região em 2020. Desse total, metade é de modelos elétricos, estabelecendo um novo recorde nacional na adoção de e-bikes.

Em termos financeiros, a mudança também é vantajosa para as marcas. Apesar de as vendas em quantidade de bicicletas terem subido somente 9% em relação ao ano anterior, a receita gerada teve um acréscimo de 31%, passando para 1,65 bilhão de euros — cerca de R$ 11 bilhões em conversão direta de moeda.

Modelos como os da VanMoof serão mais comuns nas ruas de Amsterdã. (Fonte: VanMoof)

O motivo? As bicicletas elétricas são bem mais caras do que as de modelos tradicionais e totalmente manuais, mas isso não parece um impedimento para o público. O preço médio das bikes comercializadas foi de 2.250 euros.

As notícias foram especialmente boas para marcas regionais e de menor porte, como a VanMoof e a Gazelle. Essas fabricantes viram um aumento repentino na demanda por oferecerem bicicletas elétricas que são modernas, mas ao mesmo tempo têm um design mais voltado ao visual tradicional das bikes da região.

Mudanças graduais

Nesse sentido, a pandemia da covid-19 forçou, ou ao menos intensificou, algumas mudanças no tradicional mercado neerlandês. Com as medidas de distanciamento social, os ônibus foram trocados pelas bicicletas por quem ainda não havia adotado essa modalidade de transporte. Além disso, os feriados foram passados mais perto de casa, em locais que podem ser alcançados com a autonomia de um modelo elétrico.

Além disso, a venda de bicicletas, que era majoritariamente feita nas lojas especializadas, agora tem 10% do comércio feito online.

As calçadas de Amsterdã já são tradicionalmente bastante ocupadas por bicicletas. (Fonte: Freepik)

Entre os pontos negativos, as vendas foram bastante prejudicadas pelo lockdown mais intenso realizado na região, entre março e abril de 2020. 

A flexibilização das medidas, a partir de maio, fez o mercado de bicicletas voltar a acelerar no país e sem qualquer indicativo de que ele vá reduzir a velocidade tão cedo, por mais imprevisível que o setor pareça.

Fonte: Dutch News, RTL News.

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