Entenda o que determina as mudanças de preço da gasolina em território nacional
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Durante a pandemia de covid-19, os motoristas brasileiros têm sofrido com os preços flutuantes da gasolina. Em fevereiro de 2021, o valor médio do litro chegou a bater a casa dos R$ 5,04, valor mais alto no intervalo de um ano.
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O valor dos derivados do petróleo afeta o bolso de todas as famílias brasileiras, incluindo aquelas que não utilizam veículos particulares. Mas o que determina o preço da gasolina?
A Petrobras é a maior detentora da extração de petróleo no Brasil e quem dita o preço do produto para as refinarias que realizam o processo químico de limpeza e refinamento do óleo cru. Dessa forma, sempre que a estatal apresenta alguma dificuldade financeira ou problemas no orçamento, o preço de venda do petróleo para as refinarias é mantido em alta para balancear as contas.
Desde 2011, o Brasil consome mais gasolina do que produz e, consequentemente, precisou aumentar as levas de importação. Nesse cenário, outros quatro aspectos são responsáveis diretos pelo alto preço do combustível: o valor gasto na importação, a carga tributária aplicada pelo governo federal, o custo do etanol obrigatório e as margens de distribuição e revenda.
Como os combustíveis derivados do petróleo são considerados commodities, seus preços estão atrelados aos mercados internacionais, e as cotações variam diversas vezes todos os dias. Isso ocorre porque existe a concorrência das empresas importadoras de combustível, e constantemente a Petrobras tenta “equilibrar” os valores que chegam às refinarias, seja para cima, seja para baixo, para continuar competindo em uma taxa justa nos moldes do mercado global sem atrapalhar as próprias contas.
Vale ressaltar que os preços pagos pelos brasileiros nas bombas de combustível não são apenas resultado das negociações de venda do petróleo para as refinarias, mas também da combinação de outros fatores. De acordo com dados fornecidos pela Petrobras, o preço da gasolina é composto por: 31% de custos operacionais para a produção, 10% de impostos da União (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – Cide, Programa de Integração Social – PIS/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – Cofins), 28% de impostos estaduais (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS), 15% do custo do etanol adicionado à gasolina e 16% de fatores relacionados à distribuição e revenda.
A subida no valor do combustível gera perda de renda principalmente para trabalhadores que dependem de veículos para seu sustento, e não somente para locomoção, como é o caso de motoristas de aplicativos e entregadores, além de causar aumento no custo das passagens de transporte público.
Porém, esse não é um problema que impacta apenas quem dirige. Como o sistema rodoviário é o modal mais utilizado no Brasil e a maioria das encomendas é transportada por terra, os aumentos nos preços de combustível acarretam mudanças nos valores de frete, repassados para o preço final do produto pago pelo consumidor. Portanto há acréscimo nos preços de produtos vendidos em supermercados, shoppings e no comércio popular, os quais sofrem reajustes pelo custo de transporte pelo País.
Fonte: Petrobrás
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