Os especialistas Rodney Freitas, Ana Waksberg Guerrini, Daniela Swiatek e Luiz Renato Mattos debateram as novas tecnologias no transporte público
Publicidade
O Estadão Summit Mobilidade, que acontece de forma online e gratuita até sexta-feira (21), contou hoje (18) com o painel O Desafio do Transporte Coletivo: como integrar a bilhetagem e a carteira digital no transporte. Os participantes discutiram tendências de inovação nos sistemas de transporte coletivo das cidades.
Na mediação, o jornalista do Estadão Victor Vieira conduziu algumas perguntas sobre a inserção do meio digital em ônibus, metrôs e trens. Rodney Freitas, CEO da empresa paulista Autopass S/A, destacou que é preciso levar em conta a experiência individual dos usuários e suas particularidades para conseguir atingir bons índices de sucesso. A ideia foi reforçada pelos demais participantes.
A criação de políticas públicas na mobilidade durante a pandemia foi outro tema em destaque. Daniela Swiatek, especialista em Inovação Governamental e Mobilidade Urbana, apresentou estudos recentes que abordam pontos importantes para se pensar nas mudanças e tendências na bilhetagem em transportes coletivos. Entre as soluções estão os QR Codes e os pagamentos por aproximação.
Ana Waksberg Guerrini, especialista sênior em Transporte do Banco Mundial, citou o transporte coletivo como um mecanismo para a mobilidade sustentável, chamando a atenção para a prática da integração e da diminuição do monopólio das ações realizadas atualmente.
Ainda durante o painel, discutiu-se muito o conceito “racionalização do sistema”, que converge com projetos sustentáveis. Swiatek e Guerrini deram exemplos do que poderia ser feito dentro dessa definição, como a unificação das carteiras digitais para a coleta de dados específicos que conseguiriam fornecer respostas na criação de políticas públicas para os usuários dos transportes.
Freitas lembrou que, para a implantação de novas tecnologias no transporte coletivo, é necessário criar acesso para as pessoas que, eventualmente, não têm acesso a esse modal.
O empresário acredita que é necessário ouvir e dialogar sempre que possível para expandir os horizontes, refletir sobre o sistema e tentar evoluir nesse aspecto. “Não podemos pensar na mobilidade com reservas”, ele defendeu.
Ao falar sobre a pandemia, o CEO e cofundador da Onboard, Luiz Renato Mattos, defendeu que o Auxílio Emergencial poderia ter sido integrado ao transporte público, mas por falta de avanços tecnológicos isso não foi possível.
Para ele, as tecnologias dentro da área podem representar uma ferramenta de inclusão social e financeira, pensando na universalidade, para que as pessoas possam ter acesso a todos os mecanismos disponíveis.