A mobilidade urbana sustentável visa melhorar a qualidade de ambientes urbanos com a redução de congestionamentos e da poluição atmosférica
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A mobilidade urbana sustentável vem sendo amplamente discutida nos últimos anos. Ela visa combater os problemas causados pelo transporte tradicional, como o trânsito e a poluição do ar, trazendo um modelo de locomoção mais eficaz e menos poluente.
Nesse sentido, diversas cidades ao redor do mundo têm buscado novas iniciativas, como o uso de teleféricos, veículos leves sobre trilhos (VLTs) e a criação de sistemas de bicicletas públicas. Mas como a mobilidade urbana sustentável pode ser promovida no Brasil?
A aposta no transporte coletivo e a desestimulação do transporte individual são vistas por diversos especialistas como uma solução para a melhora da circulação nas cidades. Para a mobilidade urbana sustentável, isso deve estar em conjunto com o uso de energias “limpas” e renováveis.
A implantação de ônibus elétricos, metrôs, trens e VLTs, em conjunto com a criação de ciclovias e esteiras rolantes, é vista como excelente alternativa para a sustentabilidade das cidades. Essas mudanças trazem diversos ganhos urbanos, como a redução da poluição atmosférica e sonora, com consequente melhora na qualidade de vida da população.
Nesse sentido, o VLT do Rio de Janeiro é um excelente exemplo. Movido a eletricidade, estima-se que em seus primeiros seis meses de funcionamento, cerca de 60 toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas na atmosfera quando comparado a outros meios de transporte.
Medellín, na Colômbia, destacou-se ao optar pelo uso de teleféricos em seu sistema de transporte de passageiros. Em conjunto com o uso integrado de metrô, ônibus e bicicletas, é considerada uma cidade-modelo para o mundo.
O uso de bicicletas e patinetes elétricos vem se popularizando nos últimos anos e se intensificou desde o começo da pandemia por causa do grande número de pessoas que deixaram de utilizar o transporte coletivo (como forma de precaução). Oferecendo um baixo custo para o usuário, eles não geram a queima de poluentes e promovem a prática de exercícios físicos.
O compartilhamento de bicicletas, visto como uma alternativa para desafogar as ruas, já é adotado por diversas cidades no mundo, tornando-se popular e comum nos municípios brasileiros em 2018 com a chegada da Yellow Bike.
Porém, com o encerramento dos serviços da Grow (empresa responsável pela Yellow) no país no começo de 2020, poucas cidades brasileiras mantiveram iniciativas similares.
Algumas cidades mudaram o desenho urbano em prol da mobilidade urbana sustentável. Paris foi precursora do projeto “Cidades de 15 Minutos”, visando permitir que atividades diárias, como ir a supermercados e farmácias, estejam a uma distância máxima de 15 minutos a pé das residências.
O conceito traz um ritmo mais lento para a cidade e, à medida que os estabelecimentos ficam mais próximos das residências, o espaço que antes era utilizado para o deslocamento de automóveis é ocupado por outros meios de transportes.
Entretanto, como o projeto envolve a reestruturação dos espaços urbanos, a adoção de algo similar no Brasil depende também de incentivos ao desenvolvimento local — longe dos grandes centros.
Fonte: Mobilize, Estadão.