A verticalização das cidades gera grandes benefícios quando bem planejada pelos gestores públicos
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O termo “verticalização” é amplamente utilizado por especialistas para se referir ao processo de crescimento vertical das cidades. Isto é, através de grandes edifícios residenciais. Esse fenômeno vem acontecendo no mundo todo desde o século 19 e oferece uma série de benefícios atrelados a ele quando bem-planejado.
Para você saber tudo sobre o tema, reunimos uma série de informações sobre o conceito. Confira abaixo.
A verticalização das cidades surge no momento em que elas deixam de crescer horizontalmente, com a construção de casas e edifícios baixos, e dão preferência para a construção de grandes prédios.
Quando ela acontece de forma planejada, possibilita que arquitetos e urbanistas decidam minuciosamente o local onde os prédios serão construídos, assim como toda a infraestrutura ao seu redor.
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Segundo o site Viva Decora, os principais benefícios atrelados a uma verticalização urbana planejada estão ligados principalmente à gestão da cidade e a disponibilização de serviços para a população. Quando os habitantes estão morando mais próximos um dos outros, por exemplo, é possível que a prefeitura facilite o acesso a hospitais e mercados, além de ter menos gastos envolvidos no transporte público.
No entanto, quando a verticalização acontece de forma não planejada, motivada pelo crescimento populacional desenfreado, o fenômeno pode gerar impactos sociais, ambientais e de mobilidade, como a sobrecarga de serviços de eletricidade, água e lixo.
No Brasil, a verticalização das cidades começou nos anos 90, com o crescente desenvolvimento de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Pouco tempo depois, com a concentração crescente da população nas grandes cidades, o fenômeno se expandiu para outras regiões do País, que também deram início ao processo de verticalização de seus municípios.
Apesar de grande parte das construções serem planejadas no País, principalmente ligada aos grandes centros urbanos, muitos especialistas apontam que algumas características, como a obrigação de ofertar vagas de garagem e regras para a não ocupação do prédio, acabam gerando outros problemas urbanos, como a compra de carros particulares e a elevação dos preços das unidades.
Atualmente, com os incentivos governamentais que visam facilitar o acesso da população à moradia, muitos prédios têm sido construídos no Brasil, visto que é possível aproveitar o mesmo terreno para construir mais unidades residenciais.
Balneário Camboriú, localizada em Santa Catarina, estampou a capa de diversos jornais na última década devido ao seu massivo projeto de expansão vertical, o que a tornou famosa e levou ainda mais investimentos nacionais e internacionais para o município.
Isso possibilitou a construção de grandes arranha-céus de luxo e deu à cidade um dos prédios mais altos da América Latina. No entanto, mesmo tendo recebido alertas de diversos especialistas, a verticalização de Balneário Camboriú não foi planejada e fez com que a cidade perdesse grande parte da luz solar que atinge a faixa de areia das suas praias.
Assim, o município passou a ser um exemplo negativo de verticalização para todo o mundo, dado que seus projetos inovadores à primeira vista foram responsáveis por desencadear problemas urbanos e por contribuir para a redução da qualidade de vida de seus moradores.
Fonte: Ecodebate, VidaDecora, Caos Planejado.