Ao longo da história, diversos meios de transporte caíram em desuso e podem parecer inusitados para a sociedade atual
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As metrópoles do século 21 mesclam trens, automóveis, ônibus e bondes com o resgate de opções antigas e mais sustentáveis, como a bicicleta. Contudo, ao longo da história, pessoas e cargas já foram movimentadas por veículos bem diferentes dos que conhecemos hoje: meios de transporte antigos que não são mais usados em larga escala acabaram virando peça de museu ou objeto de curiosidade. Conheça alguns.
Em muitos lugares, pessoas ainda utilizam cavalos, bois e outros animais para se locomover ou transportar cargas, especialmente em zonas rurais. Antes da Revolução Industrial e da introdução dos veículos a motor, a tração animal era a única alternativa de transporte além da caminhada.
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Os animais operavam diversos tipos de veículo: de simples carroças para cargas, coches e carruagens para pessoas até luxuosos cupês para a nobreza, diligências com vários cavalos, para passageiros e carga. Esses meios de transporte antigos são preservados como atrações turísticas e peças de museu.
Os veículos descritos anteriormente só apareceram depois de outra tecnologia: a roda. Antes de sua invenção, há 6 mil anos, só era possível carregar aquilo que o lombo de um animal suportava. Mas sociedades que não conheciam a roda criaram alternativas: o trenó é a mais famosa delas, muito mais eficiente para deslizar sobre o gelo ou a neve.
Como os nativos da América do Norte não viviam na neve, desenvolveram outra solução de transporte animal sem rodas, chamada pelos colonizadores franceses de travois — do verbo “travail”, que significa trabalhar.
O travois consistia em uma estrutura triangular com duas estacas de madeira, em que a ponta era amarrada ao animal e o espaço entre as estacas era usado para amarrar a carga. As pontas das estacas eram arrastadas pelo chão. Embora pareça mais primitivo, esse meio de transporte antigo era eficaz no solo irregular das planícies da Nova França, no atual Canadá.
Ainda na pré-história, antes da invenção da roda, seres humanos criaram meios de transporte aquático rudimentares com troncos de madeira. Os povos austronésios, do Pacífico, desenvolveram a navegação a vela, com seus catamarãs (jangadas com duas carcaças).
Grandes navios a vela se tornaram bastante comuns a partir do século 15, durante a era dos descobrimentos. Havia vários tipos (escuna, galeão, fragata, nau, caravela) diferenciados por detalhes técnicos, como o tamanho ou a quantidade de velas e mastros.
Com o surgimento dos barcos a vapor e motor, no século 19, a vela caiu em desuso para o transporte de cargas e passageiros, mas ainda existe como opção de lazer e esporte.
Após se locomover pela terra e pelo mar, a humanidade ainda precisava do transporte aéreo. Os primeiros desenvolvimentos nesse sentido foram os balões, com experiências de voo a partir do século 17. Porém, os balões de ar quente tinham um grande impeditivo: moviam-se conforme o vento, com pouco direcionamento.
Enquanto Santos Dumont e outros inventores criavam propostas para o avião, outra grande inovação surgiu: o balão dirigível, popularmente conhecido como zepelim. Nas primeiras décadas do século 20, ele era a principal forma de viagem aérea, com altas velocidades para a época e cabines luxuosas.
Os grandes dirigíveis caíram em desuso repentinamente, depois o acidente do LZ 129 Hindenburg nos Estados Unidos, em 1937. Após a Segunda Guerra Mundial, os aviões (primeiro com motores simples, depois a jato) se tornaram o principal meio de transporte aéreo.
Naturalmente, todos esses meios de transporte antigos permanecem como alternativa em regiões mais afastadas dos grandes centros ou como atração turística e de lazer — porém, deixaram de ser usados cotidianamente para transportar pessoas e cargas.
Fonte: Transporta Brasil, Canadian Encyclopedia.