A tecnologia também é utilizada para identificar desaparecidos e até prender suspeitos no país
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A cidade de Shenzhen, localizada no sul da China, adotou um sistema de reconhecimento facial para facilitar a entrada de passageiros no metrô. Desenvolvida pela Tencent, empresa responsável por monitorar o equipamento, a tecnologia é destinada exclusivamente para que pessoas idosas tenham acesso gratuito ao meio de transporte.
Por enquanto, menos de 20 estações da linha 11 contam com o sistema de reconhecimento facial. Apesar disso, a empresa, conhecida como o maior portal de serviços de internet do país, vem buscando alternativas para ampliar o número de pessoas que serão beneficiadas pelo serviço.
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Com a adoção do reconhecimento facial, a companhia visa reduzir as fraudes na emissão de bilhetes de passagem, além de diminuir as filas de espera para embarcar nas estações. No entanto, há controvérsias quanto à adoção da tecnologia, relacionadas à questão de privacidade e proteção de dados pessoais.
Segundo dados divulgados em agosto de 2019 por uma instituição afiliada à China Information Industry Trade Association, dez cidades chinesas já adotaram a tecnologia de maneira experimental. De acordo com informações divulgadas pela imprensa chinesa, o uso da inteligência artificial se tornou constante no país.
A IA é utilizada, inclusive, para detectar indivíduos suspeitos em eventos, além de ser uma grande aliada para encontrar pessoas desaparecidas. Em 2018, a tecnologia permitiu um reencontro, por meio do reconhecimento facial, quando um homem conseguiu se reunir com a família após ficar desaparecido por mais de 1 ano.
O caso aconteceu quando funcionários do hospital em que ele havia sido internado por autoridades da China entraram em contato com uma empresa de reconhecimento facial. O rosto do homem foi relacionado a dados públicos, e com isso foi possível obter suas informações pessoais, entre elas seu endereço.
China e Estados Unidos já utilizam a tecnologia para diversas finalidades. Por exemplo, nos EUA, o reconhecimento facial tem como objetivo monitorar pontos de acesso ao país. Já no país oriental, ela é utilizada tanto em políticas de vigilância do governo chinês como em grandes negócios; também com o objetivo de fortalecer parcerias do governo com startups que desenvolvem inovações voltadas para a economia e segurança local.
O Brasil também vem investindo na tecnologia. Prova disso é o uso de selfies para abertura e cadastramento de contas digitais.
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Fontes: Independent, South China Morning Post.