Pesquisas recentes indicam que automóveis são os principais emissores de gases poluentes, extremamente nocivos ao meio ambiente e à saúde.
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A qualidade de vida das pessoas é afetada diretamente pela emissão de gases dos automóveis, principalmente nas grandes cidades. Isso acontece devido à poluição causada pelas substâncias tóxicas emitidas pelos veículos, e o Brasil não está imune.
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Segundo dados do Relatório de Emissão Veiculares da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a região metropolitana de São Paulo possui aproximadamente 7 milhões de veículos. Com isso, o impacto da poluição na cidade é alto, afetando a vida dos moradores.
Ainda segundo o relatório, 34% dos veículos que rodam a cidade têm mais de 20 anos de uso. Ou seja, a tecnologia utilizada por eles para a emissão de gases está defasada, impactando ainda mais a poluição.
Outros dados importantes quanto ao tema são do Inventário de Emissões Atmosféricas do Transporte Rodoviário de Passageiros no Município de São Paulo. Segundo o documento, os carros são responsáveis por 72,6% da emissão de gases do efeito estufa. Por outro lado, eles realizam o transporte de apenas 30% da população.
Esses dados mostram a ineficiência dos automóveis como meio de transporte e o quanto são responsáveis pela poluição do ar através da emissão de gases nocivos.
São muitas as substâncias tóxicas emitidas pelos automóveis; alguns dos gases nocivos mais conhecidos são:
Mas, quais são os impactos que esses gases poluentes causam no meio ambiente e na saúde da população?
Os impactos mais conhecidos pela emissão de gases poluentes são o aquecimento global e o efeito estufa. Contudo, outros também são verificados, como o efeito smog, que acontece quando há diminuição significativa da visibilidade, e a chuva ácida, que provoca sérias alterações no solo, nas águas e na vegetação.
A emissão de gases poluentes pelos automóveis afeta principalmente as vias respiratórias; os gases com maior potencial são o material particulado e os hidrocarbonetos não metanos. Os efeitos podem impactar negativamente a saúde em longo prazo.
Além disso, o efeito smog, citado anteriormente, pode causar uma inflamação respiratória que provoca dificuldade para respirar, podendo também intensificar asma, alergias e alguns problemas cardíacos.
Já o material particulado, popularmente conhecido como fuligem, pode causar mal-estar, irritação em olhos, garganta ou pele, dor de cabeça, enjoo, bronquite, asma e até mesmo câncer de pulmão. O monóxido de carbono é outro gás tóxico para o ser humano, atuando no sangue e reduzindo a oxigenação.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem alertado para os efeitos dos gases na saúde de população. Segundo a entidade, há evidências de que a poluição causada pelos automóveis pode aumentar o risco de morte devido a problemas cardiopulmonares.
Diante de todos os problemas que a poluição causa aos seres humanos e ao meio ambiente, tornam-se necessárias medidas para conter o avanço. Assim, em uma resolução de 2009, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabeleceu que cada estado elaborasse um Plano de Controle da Poluição Veicular (PCPV). Um dos pontos que esse documento deve conter é a indicação de ações para a diminuição da poluição.
Em São Paulo, esse documento apresenta algumas das medidas para o controle, assim como recomendações para aplicação de políticas públicas com o intuito de reduzir a emissão dos poluentes provenientes de veículos:
Essas são apenas algumas das recomendações ao Estado de São Paulo. Mas, ainda há muito a ser feito para que o Brasil consiga reduzir a emissão de gases nocivos à saúde e ao meio ambiente. Por isso, é necessário investir em pesquisas e tecnologia para que seja possível acompanhar as reduções que estão sendo feitas em escala mundial.
Fontes: Plano de Controle da Poluição Veicular (PCPV) São Paulo, Estadão Sustentabilidade.
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