BNDES aporta R$ 88,6 milhões em desenvolvimento de caminhão elétrico

9 de março de 2020 4 mins. de leitura

Investimento será destinado ao projeto VW Caminhões e Ônibus, da Volkswagen

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Os veículos elétricos estão prestes a ganhar o Brasil. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 88,6 milhões para o desenvolvimento e a fabricação de caminhões elétricos no País. O valor será destinado ao projeto VW Caminhões e Ônibus, da Volkswagen.

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As ações serão realizadas na fábrica de Resende, no Rio de Janeiro. O projeto tem custo total de R$ 110,8 milhões, com 80% referentes ao investimento do BNDES e os 20% restantes da Volkswagen.

De acordo com a assessoria de imprensa do banco, esse aporte visa desenvolver a indústria de elétricos no País, o que beneficia o meio urbano. “É vantajoso para a logística urbana, pois possui menor impacto ambiental tanto na emissão de poluentes quanto na emissão de ruídos. Além dos aspectos ambientais, o projeto de inovação da VW Caminhões e Ônibus tem efeitos positivos na capacitação da engenharia brasileira e no adensamento da cadeia de fornecedores, com diversos componentes a serem desenvolvidos e adaptados para os novos veículos”, indicou a comunicação da empresa.

Vantagens associadas aos veículos elétricos

Os pontos positivos são muitos, começando pelo motor ecologicamente correto. Com a ausência da queima de combustível quando em uso, o veículo não produz fumaça e, consequentemente, não há poluição do ar e danos à camada de ozônio. Com essa inovação, pode-se esperar uma redução drástica no impacto negativo que o trânsito causa no ambiente.

Essa tecnologia tornará ainda mais comum a integração entre a central de comando do veículo, a direção e o computador de bordo, facilitando a gestão de quem monitora as cargas. Os caminhões elétricos têm maestria na conversão de energia elétrica quando estão em movimento, por isso consomem baixa quantidade de energia enquanto alcançam uma quilometragem mais alta.

Caminhão elétrico já presente no Brasil

Parte da frota de caminhões de coleta de lixo das cidades do Rio de Janeiro (RJ), de Indaiatuba (SP) e Salto (SP) é elétrica. A empresa responsável pelos automóveis é a chinesa BYD, que deu início às suas operações em 2015. T7 11.200, T8 21.250 e outros 42 modelos da marca estão inseridos no mercado brasileiro, atuando em coletas urbanas e residuais.

O uso de caminhões elétricos evita, ao mês, a emissão de 14 toneladas de CO2 na atmosfera, o grande responsável pelas mudanças nas condições climáticas do planeta. Isso acontece porque os veículos têm baterias de fosfato de ferro lítio, que não emitem CO2 e podem ter durabilidade de 30 anos, de acordo com a marca chinesa.

A novidade de 2020 da Volkswagen Caminhões e ônibus

Nomeado como e-Delivery, o veículo para o qual será destinado o investimento do BNDES já foi idealizado. Ele terá 14 toneladas e configuração 6×2. Seu motor será capaz de gerar até 260 kW, com 353 cavalos de potência, produzindo 30% de carga em apenas 15 minutos; o tempo estimado para a recarga completa é de 3 horas.

Caminhão elétrico e-Delivery
(Fonte: Estadão)

O caminhão elétrico conta com o modo de condução Eco-Drive Mode, um formato ajustável de consumo da energia e freios com um sistema que auxilia a recuperação de até 35% da energia no momento de frenagem. Seu nível de ruído é de somente 49 decibéis, enquanto os motores a diesel geram cerca de 79 decibéis.

Esse pode ser um grande passo para o mercado brasileiro no setor de veículos elétricos. “O BNDES acredita que a nova tecnologia de propulsão elétrica pode fortalecer o Brasil como fabricante e exportador de veículos elétricos utilitários, contribuindo para a recuperação do setor de caminhões e ônibus nos próximos anos”, afirmou a assessoria do banco

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