City Câmeras pode facilitar mobilidade durante enchentes em São Paulo

13 de fevereiro de 2020 4 mins. de leitura

Programa de monitoramento por câmeras tem a segurança como objetivo principal, mas também é usado para facilitar circulação de pessoas e automóveis

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O projeto City Câmeras foi criado pela prefeitura de São Paulo como uma forma de melhorar a segurança na cidade, mas as imagens das câmeras espalhadas pelo espaço urbano estão ajudando a monitorar enchentes para tentar evitar prejuízos à mobilidade.

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Em 2017, 75 câmeras foram instaladas pelo poder público municipal, e o principal diferencial da ação é o compartilhamento de imagens geradas a partir de dispositivos privados.

Atualmente, o programa tem 3.263 câmeras ativas e mais 5 mil somadas recentemente ao projeto. A meta para o fim de 2020 é que a cidade passe a contar com imagens de 10 mil pontos de observação. O software que capta e grava os registros é da empresa Camerite, que faz tudo pela nuvem, não sendo necessário existir um espaço físico para manter os arquivos.

Como as enchentes de São Paulo prejudicam a mobilidade urbana?

As imagens são acessíveis de forma ilimitada por qualquer aparelho conectado à internet, desde que se tenha login e senha do sistema. Os registros são consultados pela polícia e por órgãos da prefeitura, mas algumas câmeras estão disponíveis aos contribuintes.

A prefeitura afirma que a plataforma não tem custo para os cofres públicos e já ajudou a economizar R$ 3,6 milhões por ano com a rescisão do contrato de aluguel de links e câmeras. A inovação foi doada pela Camerite ao município.

(Fonte: Shutterstock)‌‌

O principal diferencial do programa é a participação da população e da sociedade civil. A maior parte das imagens obtidas pelo programa é de câmeras particulares que são compartilhadas com o poder público. Para participar do projeto, tanto pessoas físicas quanto jurídicas devem ter câmeras de monitoramento com resolução mínima HD (720 pixels) e gravação de 12 quadros por segundo. O protocolo de transmissão e gravação deve ser RTSP.

Como cidades ao redor do mundo evitam danos de enchentes?

Se o sistema tiver mais de um dispositivo, é possível selecionar quais pontos devem ser compartilhados. O interessado deve procurar um serviço de gravação em nuvem e solicitar o compartilhamento dos registros com o City Câmeras. O valor cobrado é pago diretamente ao fornecedor e nenhum valor é repassado para a prefeitura.

A vantagem de ter as imagens em nuvem é que, se o equipamento apresentar algum problema ou for roubado, as informações estarão gravadas de forma segura. Ainda que a câmera pare de funcionar por algum motivo, as imagens serão salvas até o último momento em que os dispositivos estavam funcionando.

O interessado deve fazer um cadastro no site da prefeitura e receberá uma placa de identificação do City Câmeras para ser colocada em local visível.

Como consultar as imagens para evitar enchentes

(Fonte: City Câmeras/Reprodução)

As imagens de câmeras particulares ficam acessíveis apenas para os proprietários e para os órgãos de segurança pública. No entanto, as imagens das câmeras mantidas pela prefeitura de São Paulo estão disponíveis na internet para qualquer cidadão mediante um cadastro.

Na plataforma do City Câmeras é possível verificar conteúdos ao vivo de 85 câmeras em pontos importantes de mobilidade da capital, como a Avenida Washington Luís. O site também permite efetuar gravações e conferir imagens dos últimos 7 dias.

Fonte: Prefeitura de São Paulo, Revista Segurança Eletrônica, CityCameras.

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