Como as cidades planejam a mobilidade em grandes festas?

9 de abril de 2020 4 mins. de leitura

Grande fluxo de pessoas é um desafio para empresas, governos e entidades não governamentais

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Grandes eventos são ótimos para esquentar o turismo, movimentar a economia e proporcionar momentos de lazer à população. No que tange ao transporte, linhas de ônibus e metrôs podem ter seu trajeto adaptado ou reforçado, e veículos alternativos surgem para atender às demandas provenientes do grande fluxo de turistas.

Conheça o mais importante evento de mobilidade do Brasil

Cidades como o Rio de Janeiro recebem diversos eventos durante o ano. Alguns, como o Carnaval e o Réveillon em Copacabana, já integram o calendário oficial da cidade; já outros são esporádicos, como o Rock in Rio. Acontecimentos como esses geram alto fluxo de pessoas em locais e horários específicos, superlotando determinadas regiões.

É por isso que empresas, associações e órgãos competentes investem seus esforços no transporte público nessas temporadas. Além disso, com a internet é possível passar mais informações sobre as novas linhas que atenderão os eventos, os melhores trajetos e as vias bloqueadas, bem como conscientizar sobre as boas práticas no trânsito.  

(Fonte: Shutterstock)

A cidade pernambucana tem uma das comemorações de Carnaval mais famosas do país, por isso recebe milhares de foliões todos os anos. Para manter a boa mobilidade na cidade nesse período, a prefeitura organiza uma série de ações para dar suporte aos turistas e à população.

Em 2020, a Secretaria de Transportes e Trânsito de Olinda montou uma área só para embarque e desembarque de transporte por aplicativos. Assim, o folião ganhou mais praticidade e segurança. Além disso, havia câmeras de vídeo monitorando em tempo real a movimentação dos automóveis pela cidade, ajudando a controlar o fluxo e tomar ações mais rápidas, caso alguma via tivesse um aumento considerável.

(Fonte: Shutterstock)

Realizado anualmente em São Paulo, o festival musical Lollapalooza recebe pessoas de todo o Brasil e demanda uma adaptação intensa da estrutura de transporte para o período. Em 2017, por exemplo, a SPTrans criou uma linha de ônibus especial — 607L-10 Autódromo de Interlagos – Term. Santo Amaro — com atendimento exclusivo ao Autódromo de Interlagos, na Zona Sul, para facilitar a saída de quem estava ali prestigiando o festival. À época, 34 linhas de ônibus na região tiveram seu trajeto modificado.

(Fonte: Shutterstock)

Com o intuito de planejar as operações do Carnaval carioca, a Prefeitura do Rio criou o Comitê de Operações do Carnaval (COCar), integrando diversos órgãos da administração direta e indireta — assim como ocorreu com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada e a Paralimpíada de 2016. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), em 2020 foram mobilizados 320 operadores por dia para fazer o controle das imediações do Sambódromo. A equipe trabalhou para fazer o tráfego fluir e impedir que os motoristas estacionassem em locais irregulares. Para manter a população informada, painéis sinalizavam os horários dos bloqueios das ruas e atualizavam os detalhes sobre o trânsito.  

(Fonte: Shutterstock)

Desde 1965, a segunda cidade mais populosa do Amazonas recebe milhares de turistas para o Festival Folclórico de Parintins, que acontece em meados de junho. A grande maioria dos turistas chega de barco (em geral, vinda de Manaus), e alguns poucos se deslocam de avião. Além da demanda do reforço dessa infraestrutura, a cidade fortalece o transporte internamente. Um dos destaques são os triciclos, que promovem passeios turísticos pela cidade.

De acordo com a Associação de Tricicleiros Turísticos do Porto de Parintins (ATTPP), o trabalho e os lucros dos tricicleiros crescem bastante no período do evento. Pensando nisso, a Prefeitura da cidade, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a própria ATTPP costumam oferecer cursos e workshops periodicamente a condutores desse tipo de veículo.

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