3 ferramentas que monitoram lotação do transporte na pandemia

20 de janeiro de 2021 4 mins. de leitura

Tecnologias identificam onde há maior fluxo em ônibus, trens e metrôs acompanhando o distanciamento social

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Para facilitar a vida de quem precisa pegar condução na pandemia, desenvolvedores de todo o Brasil têm criado ferramentas para identificar e alertar risco ou incidência de lotações. O Google Maps também tem passado por mudanças para realizar essa função. Conheça três iniciativas com esse objetivo.

1. App Sufoco (São Paulo)

Desenvolvido pelo grupo de pesquisa Rede Mobilidade Periferias da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Sufoco é uma ferramenta colaborativa que visa mostrar em tempo real onde há aglomeração no transporte coletivo. O app permite que os passageiros enviem alertas de lotação de dentro dos veículos coletivos. 

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Segundo o docente Ricardo da Silva, do Instituto das Cidades (IC/Unifesp), o projeto foi idealizado devido ao histórico do problema de lotação nos transportes coletivos na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), o qual se agravou no contexto da pandemia do novo coronavírus. A ferramenta é gratuita e está disponível para Android.

2. Distância2 (Curitiba)

Curitiba é a primeira cidade do Brasil a usar IA para monitorar o distanciamento social em terminais de ônibus. (Fonte: Shutterstock)
Curitiba é a primeira cidade do Brasil a usar IA para monitorar o distanciamento social em terminais de ônibus. (Fonte: Shutterstock)

A capital paranaense foi a primeira cidade do Brasil a usar inteligência artificial para monitorar o distanciamento social em estações e terminais de transporte urbano. Isso funciona a partir do aplicativo Distância 2, que coleta dados de dez câmeras em locais com grande demanda e, além de emitir alertas à população em painéis, facilita o trabalho de fiscais.

“A ferramenta utiliza imagens de câmeras de monitoramento e usa um algoritmo que identifica o distanciamento mínimo entre as pessoas e gera alertas caso o distanciamento de 2 metros seja descumprido”, explica uma nota no site da prefeitura da cidade. O app registra e armazena as informações em nuvem, o que possibilita a geração de mapas de calor e a identificação dos horários em que há mais movimento e fluxo de pessoas.

O mecanismo é especialmente importante para o trabalho de quem fiscaliza essas áreas. “Trata-se de uma ferramenta acessória ao trabalho dos fiscais, direcionando-os para onde é necessário”, explica Clodoaldo Valentim, coordenador do Centro de Controle Operacional de Curitiba.

O aplicativo Distância2 foi desenvolvido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e disponibilizado sem custo em Curitiba. Também opera em Buenos Aires (Argentina), Quito (Equador) Bogotá e Medellin (Colômbia). 

3. Google Maps (São Paulo e Rio de Janeiro)

No Rio de Janeiro e em São Paulo é possível identificar pelo Google Maps onde há lotação no transporte coletivo. (Fonte: Shutterstock)
No Rio de Janeiro e em São Paulo é possível identificar pelo Google Maps onde há lotação no transporte coletivo. (Fonte: Shutterstock)

O Google Maps passou por alterações recentes para facilitar a vida de quem depende do transporte coletivo. Além de indicar mudanças em horários e rotas, atrasos e acidentes de percurso, agora identifica lotações em ônibus, trens e metrôs. O alerta já está disponível em São Paulo e no Rio de Janeiro e há previsão para a tecnologia chegar a Brasília (DF), Recife (PE) e Salvador (BA). Outras 200 cidades do mundo também deverão receber a tecnologia.

Com um banco de dados denso, a Google começou a coletar informações de lotação em 2018. Segundo um estudo da empresa, três das dez linhas de transporte mais lotadas do planeta estão em São Paulo, portanto a proposta é especialmente relevante na capital paulista, sobretudo no período de pandemia. 

Fonte: Prefeitura de Curitiba, Unifesp, Mobilize

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