Como Big Data pode melhorar a mobilidade urbana

22 de janeiro de 2020 4 mins. de leitura

O uso de dados tem se tornado imprescindível para aprimorar a experiência nas cidades

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Big Data corresponde ao conjunto de dados obtidos a partir de mapeamentos inteligentes de informações. Por meio dele, é possível, por exemplo, saber os interesses de um público específico (contribuição importante para a área de marketing) ou as demandas de nutrientes de determinado solo (auxiliando o agronegócio); no campo da mobilidade urbana, também pode assumir um papel estratégico.

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Hoje, dados podem ser compilados de maneiras cada vez mais simples. As fontes se multiplicaram e as informações geradas em smartphones e dispositivos da Internet das Coisas (IoT) ampliaram as possibilidades. A base da tecnologia é a coleta de informações a partir de uma enorme massa de dispositivos e sensores conectados em comunicação de alta velocidade; com isso, é possível fazer aplicações específicas para traduzir os dados em alertas, dicas e ações.

(Fonte: Shutterstock)

Com Big Data, é possível saber quase em tempo real como está o movimento do trânsito na vizinhança e até em cidades distantes, o que permite evitar engarrafamentos e adotar rotas mais rápidas em trajetos cotidianos. Aplicativos como o Movit informam com relativa precisão o horário em que ônibus e trens passam em determinado ponto em várias cidades do mundo, assim o usuário pode planejar melhor seu deslocamento. Além disso, ao inserir sensores nos municípios e criar fontes de dados, é possível monitorar e antecipar fenômenos urbanos.

Big Data pode ser utilizado a partir de várias fontes para promover uma mobilidade mais sustentável com eficiência energética mais alta e menos desperdício de recursos. Por meio da análise dos dados, é possível prever o crescimento de uma infraestrutura e planejar as necessidades da cidade para o futuro.

Em pouco tempo, será possível entender melhor as razões pelas quais uma pessoa prefere carro a transporte público, o que a motiva a viajar, quais rotas prefere e como um motorista adapta seu estilo de direção quando está com pressa, por exemplo. A trajetória que as pessoas seguem em grandes eventos poderá ser mapeada e será viável descobrir até como o aumento de tarifa pode afetar os passageiros.

Porém, para isso, um obstáculo ainda precisa ser transposto: como acessar esses diferentes bancos de dados? Muitas informações não podem ser compartilhadas, pois é preciso proteger a privacidade das pessoas. Como informação é dinheiro, dados são coletados de forma comercial, e as empresas tendem a não querer compartilhar a sua base.

(Fonte: Shutterstock)

Com o acesso ao banco de dados já permitido atualmente, Big Data pode ser usado por cidades, companhias e público para administrar e promover melhorias na mobilidade urbana. Pode proporcionar soluções para melhor ocupação de estacionamentos, aprimorar o fluxo de tráfego, verificar detalhes do sistema de controle de semáforos, segurança inteligente, gerenciamento de desperdício e planejamento de desastres, entre outros.

Cases importantes

Na cidade de Nanjing, na China, foram instalados sensores em 10 mil táxis, 7 mil ônibus e 1 milhão de carros privados. Os dados coletados são transferidos diariamente para o Centro de Informações de Nanjing, onde especialistas podem analisar informações do tráfego e o Governo pode desenhar novas rotas, evitando a formação de congestionamentos sem gastar dinheiro com obras viárias.

Trenitalia, a maior operadora de trens da Itália, instalou sensores em seus veículos e tem uma atualização em tempo real das condições mecânicas de cada unidade, bem como a previsão de manutenções que permitem planejar ações para prevenir incidentes.

Em Israel, uma faixa rápida da autoestrada que liga Tel Aviv ao aeroporto Ben Gurion calcula a taxa de pedágio de acordo como o tempo da viagem. O sistema conta os carros na estrada e mede o espaço entre os veículos para avaliar o congestionamento. Se o tráfego está intenso, o pedágio é mais caro; se está mais livre, torna-se mais barato. Isso permite que a receita do pedágio continue fluindo e ajuda a reduzir os engarrafamentos, direcionando a demanda.

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Fontes: ONU, Dzone, Technosolution, McKinsey.

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