Grupos de pedal são incentivo para uma cidade mais sustentável

13 de março de 2020 3 mins. de leitura

A bicicleta já não é mais considerada apenas um instrumento de lazer, mas, sim, um meio de locomoção e alternativa ao trânsito nas grandes cidades

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Os chamados grupos de pedal, formados por pessoas que adoram pedalar e se reúnem periodicamente para isso, têm sido fundamentais para a conscientização dos benefícios da bicicleta para a saúde e para a cidade.

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A mobilidade urbana tem muito a ganhar com esse cenário, já que o uso massivo de automóveis e a falta de uma infraestrutura capaz de acompanhar o aumento do número de carros em circulação então entre as principais causas de um trânsito caótico e perigoso.

De acordo com a Associação Nacional de Detrans (AND), o Brasil já tem um carro a cada 4,4 habitantes; há uma década, essa proporção era de um para cada 7,4. A professora Gabriela Tenório, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB), apontou também o crescimento populacional como um problema quando se fala em mobilidade urbana. Segundo ela, o grande desafio é a adequação das metrópoles ao crescimento populacional.

Pedalar se tornou uma opção para evitar longas filas de congestionamento, deixar de poluir o meio ambiente com a emissão de gases e promover a sustentabilidade e uma melhor qualidade de vida. É nesse contexto que surgem os grupos de pedal: organizações que realizam passeios de lazer, inclusive noturnos. Como pano de fundo estão o empoderamento dos ciclistas e a promoção da bicicleta como meio de transporte.

(Fonte: Freepik)

Sustentabilidade, cidadania, inclusão e desafios

A vontade de pedalar e ajudar a tornar a cidade mais sustentável encontra obstáculos. O primeiro, e talvez o maior deles, é a falta de respeito dos condutores motorizados. A educação no trânsito ainda é falha no sentido de garantir os direitos de locomoção de ciclistas, assim como são escassos os investimentos em infraestrutura adequada, como ciclovias e bicicletários.

Os grupos de pedal organizam encontros recreativos e fomentam pautas pensadas para combater esses entraves. Além disso, em muitos casos, promovem outras formas de ativismo, como a inclusão. Um bom exemplo é o grupo Na Bike com DV, que promove a inclusão de pessoas com deficiência visual em seus passeios. Em Goiânia (GO), a prefeitura incluiu o passeio ciclístico da associação no calendário anual de eventos da cidade.

(Fonte: Freepik)

No desenho de cidades sustentáveis, espera-se que não somente os grupos de pedal mas também os ciclistas individualmente consigam se locomover em segurança e tenham seus espaços respeitados. Políticas públicas de educação para o trânsito e promoção da cidadania são necessárias para deixar as grandes metrópoles mais humanizadas.

Fontes: Legislação Municipal de Goiânia, Vá de Bike,  Associação Nacional dos Detrans; Segurança no Trânsito

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