Metrô chinês monitora casos de covid-19 por método infravermelho

30 de maio de 2020 3 mins. de leitura

Pacientes febris são detectados a distância com auxílio de imagens que avaliam temperatura corporal

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Uma boa notícia vem da China: o metrô em Wuhan, primeiro epicentro da covid-19 no mundo, está testando um sistema de monitoramento de imagens por método infravermelho que permite avaliar a distância os casos de febre, um sintoma importante na detecção da presença do novo coronavírus.

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O sucesso no método infravermelho chega em boa hora, já que a cidade voltou a registrar casos da doença após ela ser considerada superada no distrito. A nova ferramenta será capaz de mapear em tempo real possíveis casos e monitorá-los pelo serviço epidemiológico, como era feito antes de a transmissão ser considerada comunitária.

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Sistema infravermelho permite captura de imagens térmicas. (Fonte: Wuhan Guide Sensmart/Divulgação)

O fato de ser possível aferir a temperatura corporal a metros de distância expõe menos os funcionários do metrô de Wuhan. Potencialmente, o método pode ser aplicado em metrôs, aeroportos, escolas, shoppings e demais estabelecimentos de todo o mundo. Até o momento, em vários locais são usadas pistolas de mensuração de temperatura sem contato corporal, mas ainda é necessário chegar perto da pessoa avaliada.

O sistema desenvolvido na China opera com inteligência artificial e funciona como um alarme: localiza faces em meio a imagens e investiga o calor do rosto. Se a temperatura de alguém no ambiente for superior à tolerável, o aparelho emite um alerta para que a equipe do metrô localize a pessoa e a afaste imediatamente dos demais passageiros.

Controle eficiente

Sucesso no controle da transmissão do novo coronavírus se deve à quarentena rigorosa imposta pelo governo chinês. (Fonte: Shutterstock)

Desde o surgimento da covid-19 no fim de 2019, a China vem adotando uma série de medidas severas de isolamento social, por isso os números de contaminação e de óbitos são muito inferiores ao de Itália, Espanha, Estados Unidos e Brasil, que têm menos habitantes e não tiveram o “efeito surpresa” do país asiático.

O que muda no cenário das cidades após a pandemia?

É provável que, após o período de isolamento para a covid-19, sistemas como o desenvolvido pelo metrô de Wuhan continuem em uso, já que a atual pandemia é apenas um dos possíveis surtos de doenças que podem acometer o mundo no futuro. A globalização e a densidade urbana podem fazer com que novas enfermidades surjam, e medidas de controle e avaliação são importantes para controlá-las antes que atinjam o nível de contaminação da covid-19.

Fonte: Mobilize, Guide Sensmart.

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