Dados divulgados pelo Infosiga mostram tendência de queda dos acidentes fatais envolvendo ciclistas em São Paulo
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O sistema Infosiga do Respeito à Vida, programa do governo de São Paulo que é gerenciado pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), divulgou dados sobre o número de acidentes fatais envolvendo ciclistas no Estado.
No primeiro trimestre de 2022, foram 71 mortes. Apesar de o número ainda ser elevado, é notável a tendência de queda, no mesmo período de 2021: 82 ciclistas perderam a vida em acidentes de trânsito.
Na região metropolitana de São Paulo, a queda no número de mortes foi de 25%. Na Baixada Santista, foram seis ciclistas mortos em acidentes de trânsito entre janeiro e março de 2022, contra nove no mesmo período de 2021.
Em 2021, com o aumento do número de ciclistas devido à pandemia de covid-19, 41 ciclistas foram mortos apenas na capital paulista, maior número desde 2015. Após uma série de protestos e reivindicações, ativistas mostraram a realidade da rotina de quem se desloca de bicicleta na maior cidade do País.
O plano de mobilidade urbana prevê 1,5 mil quilômetros (km) de ciclovia construídos até 2030, porém, nos últimos 10 anos, menos de 150 novos quilômetros saíram do papel. A região metropolitana conta com cerca de 650 km de ciclovias.
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Segundo dados compilados na pesquisa Global Status Report on Road Safety 2018, o Brasil está em terceiro lugar entre os países que mais perdem vidas em acidentes no trânsito. O País só fica atrás da Índia e da China, ambos com mais de 1,3 bilhão de habitantes.
De acordo com a pesquisa, que utilizou dados de 2016, naquele ano o Brasil perdeu 41.007 habitantes em acidentes. Destes, apenas 3% eram ciclistas, mas a proporção ainda foi maior do que a de todos os outros países que ficaram no topo do ranking.
Apesar da falta de dados unificados, estima-se que, em 2020, o número de vidas perdidas no trânsito tenha caído cerca de 33 mil. Os motociclistas são as principais vítimas, sendo 36% das mortes registradas.
Em seguida, estão os ocupantes de carros, com 21%; pedestres 16%; e ciclistas, que chegaram a 4%. Acidentes com vítimas não especificadas foram 16%, e mortos em outros tipos de veículos somaram 3%.
Das vítimas no trânsito brasileiro, 84% são homens e, destes, quase 43% têm entre 20 e 39 anos, conforme dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).
O alto número de mortes no trânsito está ligado ao aumento no número de motociclistas nas cidades. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2006 o País tinha cerca de 9 milhões de motos na sua frota. Em 2020, esse número atingiu 28 milhões. A frota de carros passou de 27 milhões para 58 milhões no mesmo período.
Outro dado relevante para o número de mortos no trânsito é a velocidade do impacto. Quando o atropelamento ocorre até 30 quilômetros por hora (km/h), as chances do pedestre ou ciclista atingido falecer é de 10%. Para impactos acima de 50 km/h, a probabilidade de óbito chega a 80%. Por isso, manter o limite de velocidade sob controle é uma das principais maneiras de salvar vidas no trânsito.
Fonte: Infosiga, Mobilize, Datasus, Portal do Trânsito.