Relatório aponta que, em 2040, 57% dos veículos de passageiros vendidos serão carros e ônibus elétricos
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A comercialização de veículos elétricos (VEs) vem crescendo nos últimos anos e não há sinais de desaceleração. As vendas devem alcançar 10 milhões em 2025, 28 milhões em 2030 e 56 milhões em 2040. Essa é a mais recente previsão a longo prazo feita pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF) em seu relatório anual sobre veículos movidos a eletricidade.
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O levantamento aponta que, a partir da segunda metade da década de 2020, os ônibus elétricos, ou e-buses, crescerão em um ritmo mais rápido do que os carros a eletricidade. Enquanto a venda desses carros deve alcançar 28% do mercado de automóveis até 2030, os e-buses representarão 84%.
As vendas globais dos veículos movidos a combustíveis fósseis estão próximos de seu pico, e os elétricos devem começar a dominar o mercado mundial em 2030. Atualmente, existem mais de 1 bilhão de veículos no mundo, e os VEs representam menos de 0,5% da frota apenas. A BNEF acredita que, em 2040, 57% das vendas globais de veículos de passageiros serão de elétricos, que representarão 30% da frota mundial projetada em 1,68 bilhão de unidades.
Embora boa parte da atenção até agora tenha sido dada aos veículos de passageiros, à medida que a tecnologia das baterias continua a melhorar e mais modelos se tornam disponíveis, a eletrificação se espalhará para outros segmentos do transporte rodoviário.
Os ônibus elétricos devem crescer mais rápido porque estão presentes em quase todas as configurações de recarga e já apresentam menor custo de propriedade do que os ônibus municipais convencionais em 2019. Até 2040, a BNEF espera que 80% da frota de ônibus municipais seja movida a eletricidade.
Atualmente, circulam no mundo 400 mil e-buses. Grande parte está na China, que tem uma frota com mais de 300 mil unidades e já chegou a responder por 99% do total mundial em 2018. O mercado chinês deve continuar liderando o setor de VEs, com 48% das vendas globais em 2025, 34% em 2030 e 26% em 2040.
A transformação na matriz energética desses veículos está sendo impulsionada pela redução do preço do lítio — principal componente das baterias — e pelo aumento da produção industrial do setor. No entanto, o setor ainda encontra problemas com infraestrutura de recarga e dificuldades com o fornecimento de cobalto.
Segundo o relatório, espera-se que a taxa de motorização global aumente. Porém, os EVs combinados com as melhorias na economia de combustível e serviços de mobilidade compartilhados levarão a uma redução na demanda de petróleo para o transporte rodoviário de passageiros.
O consumo dos veículos elétricos passará de 74 TWh, em 2019, para 2.333 TWh, em 2040, aumentando em 6,8% a demanda global por eletricidade. Enquanto isso, a mudança de veículos movidos a combustão para os elétricos deverá eliminar a necessidade de 13,7 milhões de barris de petróleo no transporte.
Apesar do rápido crescimento de veículos elétricos em diversos segmentos, as emissões diretas de CO2 do transporte rodoviário continuam aumentando nos próximos dez anos.
O pico de emissões será em 2030, principalmente devido a uma crescente frota de veículos de combustão interna. Caso sejam somadas às emissões adicionais do setor de geração de energia elétrica, o pico será de dois a três anos depois.
Fonte: Bnef, Canal Energia.
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