A tecnologia tem avançado para tentar garantir mais segurança aos pedestres
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A busca por uma mobilidade urbana eficiente parece ser característica de toda grande cidade. É óbvio que tal preocupação é importante para uma maior qualidade de vida, visto que o aumento populacional tem feito com que haja a necessidade de haver mais carros nas vias, aumentando o fluxo e transformando o trânsito em um caos interminável. Porém, vem surgindo uma tendência em se olhar para quem está fora de um veículo, ou seja, o pedestre.
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Várias empresas do ramo da tecnologia já começam a explorar possibilidades para garantir maior segurança aos transeuntes, visto que cada vez mais aumenta o número de vítimas de acidentes no trânsito devido a vários fatores, como imprudência do condutor e falta de atenção do pedestre — principalmente com o uso massivo do celular.
Pensando nisso, startups do mundo inteiro vêm desenvolvendo algumas soluções em tecnologia que podem ser o futuro do tráfego (e da segurança) para os pedestres. Vamos a algumas delas.
A ideia da empresa londrina Umbrellium é criar uma nova forma de a sociedade reagir à interação entre pedestres, ciclistas e motoristas. Com o slogan “Make cities work for everyone” (“Faça a cidade funcionar para todos”, em tradução livre), a startup tem mostrado como é possível transformar a realidade do trânsito com a ajuda da tecnologia. Em seu novo projeto, o Starling Crossing, a empresa subverte o pensamento tradicional (imaginar o trânsito a partir dos veículos) e passa a colocar o pedestre como protagonista do processo, adequando o trânsito à suas necessidades.
Mas como? Com a implementação de uma faixa inteligente feita em LED (diferentemente das marcas pintadas que temos hoje) em um asfalto projetado para aguentar bastante peso. O fluxo de veículos seria interrompido e as luzes se acenderiam, permitindo a passagem dos pedestres; logo que a travessia fosse finalizada, as luzes se apagariam e o fluxo voltaria ao normal. Além disso, se muitas pessoas precisassem atravessar ao mesmo tempo, a faixa ficaria mais larga, permitindo maior segurança a todos.
Há também um sistema de sinalização ativado caso uma pessoa esteja distraída ao celular ou se uma criança cruzar correndo a rua. Em ambos os casos, as luzes entrariam em ação para sinalizar tanto aos veículos quanto ao próprio pedestre que se trata de uma situação emergencial, pondo todos em maior alerta.
Todo esse processo é feito através de um software que, com o auxílio de câmeras e computadores, faz a análise do fluxo do trânsito e responde qual modelo de configuração de rua é o mais viável em determinado momento do dia — tudo em tempo real.
A empresa americana FLIR Systems é especializada na produção de sistemas inovadores de sensoriamento, inclusive fabricando câmeras de imagem térmica. Com essa tecnologia, a gigante do ramo trouxe uma solução inteligente para a problemática dos pedestres, o FLIR TrafiOne. Segundo a empresa, é um sistema completo de sensoriamento para monitorar o tráfego e controlar a dinâmica dos sinais de trânsito.
Com o sensor, que usa a captura de imagens térmicas e WiFi, é possível verificar se há pedestres, carros e bicicletas e organizar de forma automática a ordem dos sinais de trânsito, garantindo um fluxo adequado para todos. Assim, se há um número grande de pessoas em determinado horário, ele pode aumentar o tempo de travessia para facilitar a locomoção.
Por ser muito competente nesse setor, o sensor TrafiOne consegue fazer seu trabalho sob chuva, vento e até mesmo em uma grande escuridão. Assim, além de garantir mais segurança ao pedestre, o sistema desempenha um importante papel no controle de tráfego.
É claro que uma das figuras mais importantes da tecnologia teria que aparecer aqui: falamos do excêntrico Elon Musk. A ideia do bilionário sul-africano é criar um túnel para levar pedestres e ciclistas a vários pontos da cidade em vagões que podem ser encontrados em várias estações dispostas pela cidade.
A intenção principal é fazer com que os túneis subterrâneos construídos pela sua empresa, a Boring Company, tornem-se a melhor forma de criar uma mobilidade urbana eficaz. Mas isso não seria exclusividade para os carros, e os pedestres poderiam atravessar pequenos trechos de forma mais rápida e segura, sem precisar aguardar os por sinais de trânsito e a boa vontade (ou falta de educação) de alguns condutores.
Fontes: City Metric, Umbrellium, Flir.