Compartilhamento de viagens de táxi aéreo deve ser possível em 2023, de acordo com o planejamento da Uber
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Os primeiros planos da Uber para um modelo de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) da empresa começaram a ser revelados. A companhia apresentou a ideia de “Skyports” — locais que serão pontos de partida e chegada de veículos elétricos de decolagem e aterrissagem vertical (eVTOL).
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A gigante do transporte pretende lançar um serviço de compartilhamento de táxi aéreo até 2023 em Melbourne, Los Angeles e Dallas. Até lá, muita estrutura ainda precisa ser criada ou ajustada nas cidades para permitir o uso dessa tecnologia. Os maiores obstáculos para isso são os entraves burocráticos.
Sem regulações específicas para o setor de eVTOL, a estratégia de design do Uber Skyport é baseada nas regulamentações de heliporto fornecidas pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA). Os Skyports são os pontos mais sensíveis da UAM, uma vez que pousos e decolagens são os momentos mais arriscados de qualquer voo.
No ano passado, a Uber anunciou oito empresas de arquitetura para projetar Skyports conectados e integrados à paisagem urbana das três primeiras cidades do serviço. Os projetos pretendem coordenar uma transição entre o trânsito terrestre, como o Uber Pool, e as aeronaves eVTOL na pista do telhado.
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Alguns conceitos foram adaptações de estruturas existentes, como um edifício garagem de sete andares em Dallas e uma adaptação sustentável utilizando uma madeira pesada em Melbourne. Já outras concepções seriam novas estruturas construídas a partir do projeto.
Apesar de a Uber afirmar que essas ideias são apenas aspirações, a companhia de mobilidade já assinou contrato com um parceiro imobiliário em Los Angeles e Dallas para ajudar no desenvolvimento e na construção dos dois primeiros Skyports. Além disso, a empresa que operará os pontos de decolagem e aterrissagem das aeronaves elétricas já foi escolhida.
A Uber considera a usabilidade como um aspecto chave em seu projeto de Skyports. “É preciso haver um nível de intuitividade incorporada para que os pilotos não precisem pensar sobre o que eles estão fazendo”, afirma a empresa. Os hubs de transporte devem incorporar o trânsito multimodal para criar uma jornada perfeita também para os passageiros.
Outra preocupação fundamental é o respeito à vizinhança. Provavelmente, o desenvolvimento inicial do Skyport reutilizará infraestruturas existentes. Dessa forma, as atividades de transporte aéreo devem considerar seu impacto na acústica, na segurança, no visual e na poluição urbanos.
Múltiplas instalações precisarão ser desenvolvidas em várias cidades. Portanto, o Skyport deve ser um produto atrativo que viabilize outros negócios no local, para que investidores, operadores e proprietários de edifícios possam criar um ambiente acessível e de fácil replicabilidade. Além disso, certa adaptabilidade também será necessária para escala e velocidade de desenvolvimento.
Fonte: Aviation Today, Uber, Vertical Fight Sociaty.
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