Aumento do uso de bicicletas iniciou após o começo do isolamento social
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Um recente estudo realizado pela Strava apontou um aumento do uso da bicicleta em diferentes locais do Brasil. Os dados da pesquisa mostram que houve uma maior procura por este tipo de meio de transporte após o início da pandemia causada pelo coronavírus.
Com um destaque especial, Curitiba foi a cidade em que mais foi visualizado o crescimento no uso de bicicleta, com um aumento 31% maior quando comparado aos dados de 2019.
Além do medo da contaminação, o destaque da capital paranaense pode ter sido motivado pelos quase 300 km de ciclovias espalhadas pela cidade, que conseguem conectar o centro comercial a diversos bairros.
Ao todo, foram analisados dados de sete municípios brasileiros no decorrer de 2021, sendo eles: Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Florianópolis.
O levantamento da Strava também mostrou resultados animadores para outras quatro cidades analisadas, que apresentaram um expressivo aumento no número de ciclistas. O Rio de Janeiro seguiu em segundo lugar com uma ampliação de 25%, enquanto Porto Alegre obteve 24%, Belo Horizonte 20% e Florianópolis 16%.
Todavia, na contramão dos outros locais, São Paulo teve uma redução de cerca de 10%. De acordo com a Revista Bicicleta, essa diminuição pode ter sido ocasionada pela flexibilização prematura do comércio e das medidas de distanciamento social que a prefeitura da cidade adotou desde o começo do ano.
Para o estudo, a Strava utilizou sua base de dados, em que milhares de ciclistas podem se cadastrar e alimentar a plataforma com informações sobre sua rotina de atividades físicas e locomoções.
Os dados das cidades que tiveram um crescimento no número de seus ciclistas podem ser vistos com bons olhos pelos gestores públicos responsáveis pela mobilidade urbana. O uso da bicicleta acarreta uma série de benefícios para toda a sociedade, como a redução na emissão de gases poluentes na atmosfera, a redução do trânsito nas vias urbanas, a prática de exercícios físicos e uma menor lotação dos transportes públicos.
Entretanto, é preciso que os estímulos em relação a meios de transportes mais sustentáveis, como a bicicleta e a caminhada, sejam ampliados para todo o território natural, visto que esse tema ainda caminha a passos lentos no País.
Cidades como Bogotá e Cidade do México, viraram grandes exemplos para o mundo após ampliarem as ciclovias das cidades e promoverem um transporte verde. Já países como a França e a Holanda, oferecem subsídios e incentivos fiscais para que a população invista na compra de bikes.
Apesar de os números da pesquisa da Strava serem ótimos e indicarem uma mudança na forma como as pessoas visualizam os seus deslocamentos, é preciso que essa tendência não se limite apenas ao período pandêmico, fazendo com que a prática continue sendo ampliada nos próximos anos.
Fonte: Revista Bicicleta, Prefeitura de Curitiba, Estadão.