Você mora em um local caminhável? Entenda os fatores que influenciam nossa locomoção pela cidade
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O aumento no número de pessoas que optam por formas alternativas de locomoção, de preferência não motorizadas — como andar a pé ou de bicicleta —, influencia diretamente em questões de sustentabilidade, desenvolvimento econômico e saúde pública.
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Ainda pouco conhecido, o conceito de caminhabilidade (do inglês walkability), está relacionado às características do ambiente urbano que favorecem o ato de caminhar.
Segundo o The Community Builders, organização norte-americana que se dedica à criação de comunidades melhores para se viver, as áreas caminháveis devem ser compostas por três características: acesso físico e infraestrutura, locais para frequentar e proximidade.
Mas, para que a caminhabilidade funcione, todos os fatores devem estar em equilíbrio. Por isso, é necessário estar atento a alguns aspectos que podem interferir, como sensação de segurança, presença de outras pessoas, limpeza das ruas, poluição visual e sonora e atratividade da vizinhança.
Inclusive, um estudo realizado pelo pesquisador Karl Kim com pedestres no Havaí apontou que um terço da variação no volume de pedestres nas ruas pode ser atribuído à qualidade do ambiente urbano.
Aqui no Brasil, o Instituto de Transporte e Políticas de Desenvolvimento (ITDP Brasil) e o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), em colaboração com a Pública Arquitetos, realizaram uma avaliação das condições dos espaços públicos para pedestres e o impacto das ações de requalificação.
Como resultado, foi criado o Índice de Caminhabilidade, com informações agrupadas em 6 categorias: segurança viária, atração, calçada, ambiente, mobilidade e segurança pública. Todos são mensurados por meio de 15 indicadores.
De acordo com o estudo, “a segunda metade do século XX foi testemunha da consolidação de uma abordagem de planejamento urbano com foco em veículos motorizados e investimentos em infraestrutura que possibilitasse a sua circulação eficiente em cidades e regiões metropolitanas”.
Apesar de ser uma alternativa interessante na hora de readaptar os ambientes públicos, a sua aplicação ainda é limitada, inclusive correndo o risco de ser redundante durante a análise dos indicadores. Por isso, é necessário que as estratégias continuem sendo adaptadas, para que no futuro as cidades e as pessoas possam coexistir em harmonia.
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Fontes: Project for Public Spaces, Community Builders.