Rapidez e segurança são algumas das preocupações do planejamento da mobilidade em hospitais
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Nas séries médicas, cenas de corrida contra o tempo são comuns: pessoas acidentadas ou órgãos destinados a transplantes são levados rapidamente ao hospital. Mas como é a logística dos fluxos hospitalares no mundo real?
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Na pirâmide da saúde, os hospitais são destinados ao atendimento de demandas mais complexas e específicas, que precisam de um ambiente pronto para solucionar casos graves.
Por isso, dispõem de ambientes e serviços não encontrados em outras estruturas de saúde, como centro de cuidado intensivo. Isso exige do hospital uma gestão cuidadosa dos espaços, seja na permissão de acesso a eles, seja na circulação de pessoas.
O cuidado deve começar ainda no espaço que circunda o hospital. É fundamental que ambulâncias ou pacientes que busquem auxílio sozinhos tenham facilidade em acessar o local. Por isso, devem estar em vias de circulação intensa, que permitam o fluxo de possíveis pacientes.
Os municípios costumam organizar o trânsito ao redor dos hospitais, bem como cuidar de outros detalhes que possam auxiliar nessa logística, como semáforos e vagas de estacionamento.
É frequente também que as entradas de pronto-atendimento e demandas de urgência e emergência fiquem no térreo. Em casos que exigem atendimento imediato, é ainda mais importante que o local seja facilmente encontrado.
Mesmo os hospitais que possuem serviços de atenção quaternária (casos mais complexos, como cirurgias de grande complexidade e transplante de órgãos) oferecem serviços de ambulatório médico. Isso faz com que, dentro do hospital, diversas pessoas circulem para acessar variados tipos de serviços.
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Organizar esse arranjo é fundamental, sobretudo para garantir que os casos de maior gravidade recebam atenção no tempo necessário. Por isso, os hospitais costumam ter ambientes de circulação restrita, como elevadores usados apenas pela equipe profissional e que ligam rapidamente o pronto-atendimento à UTI — aliás, os hospitais possuem elevadores especialmente grandes, para transportar macas com pacientes.
O cuidado com a circulação é relevante também do ponto de vista da contaminação hospitalar: pessoas podem trazer em roupas e calçados alguns tipos de vírus e bactérias que ameaçam os doentes.
Além disso, há o risco de levar a contaminação hospitalar para ambientes externos. Isso é grave, sobretudo, porque costuma haver nos hospitais proliferação de bactérias super-resistentes a antibióticos e de difícil controle farmacológico.
Quanto maior o hospital, maior o desafio de cuidar da mobilidade. O Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) possui 2,4 mil leitos em funcionamento. Boa parte dos atendimentos destinados aos pacientes são feitos pelos alunos da Faculdade de Medicina da Universidade, em regime de internato ou residência. Por isso, todos os funcionários e também alunos possuem crachás eletrônicos, que facilitam o controle de segurança e registram a movimentação interna.
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O maior complexo hospitalar do mundo se situa na Turquia e possui soluções de mobilidade de última geração: com quase 5 mil leitos, o Bilkent Integrated Healthcare Campus conta com 326 soluções de mobilidade, que auxiliam na logística de pessoas e remédios. Esses mecanismos foram pensados para que a circulação de pessoas seja mais restrita e os cuidados em saúde, mais eficazes.
Fonte: Urban Hub, Anvisa, USP, Ebserh, Thyssenkrupp.
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