Distanciamento social é monitorado por câmeras no Rio de Janeiro

31 de maio de 2020 3 mins. de leitura

Sistema da CET-Rio verifica níveis de distanciamento entre pessoas e emite alertas de aglomeração

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Na ausência de uma vacina ou medicação efetiva contra a covid-19, o isolamento social tem-se mostrado até agora a melhor ferramenta de contenção da doença no mundo todo. Por isso, especialistas defendem que as saídas de casa devem se restringir o tanto quanto possível e, uma vez na rua, o indivíduo precisa circular mediante uma distância segura entre as pessoas.

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A boa notícia é que essa medida conta agora com a ajuda da tecnologia na capital do Rio de Janeiro, que decretou lockdown em vários bairros. A Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) desenvolveu um mecanismo de monitoramento que fará alertas quando forem detectadas aglomerações no espaço público que é coberto pelas câmeras do sistema.

Ao todo, serão usadas 489 câmeras monitoradas por um sistema inteligente que avisará os casos que exigirem alguma intervenção. O mecanismo usará uma escala de cores para comunicar os agentes da Companhia sobre o nível de proximidade entre os cidadãos capturados na imagem.

Caso a distância mínima de 1,5 metro seja respeitada, o sistema manterá o registro em verde, apontando que a situação é ideal. No caso de o sistema verificar interações entre 0,75 centímetros e 1,5 metro, a luz amarela será ativada e receberá atenção especial dos agentes, que acompanharão o caso.

Sistema informa resultados da captura de imagens. (Fonte: CET-Rio/divulgação)

Caso o sistema perceba interações que ocorram com menos de 0,75 centímetros, o mecanismo acenderá uma luz vermelha. Informados sobre esse status, os agentes vão verificar a situação e, se for o caso, emitirão um alerta para que unidades da Secretaria de Ordem Pública dirijam-se até o local com o objetivo de dispersar a aglomeração de pessoas.

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Ao fim de cada dia, são apontados resultados parciais do período. No dia 15 de maio, por exemplo, o monitoramento apontou problemas nos bairros de Copacabana e Tijuca — com 12% e 49% de pessoas em situação de risco em cada bairro, respectivamente.

A medida se justifica diante dos números da cidade: a capital apresentou mais de 1,8 mil mortes por covid-19, o que corresponde a aproximadamente 10% do total de óbitos registrados pela doença em todo o Brasil.

Fonte: Money Times, CET-Rio.

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