Entenda o projeto piloto de IoT a ser testado em Campinas

13 de março de 2020 4 mins. de leitura

Propostas têm o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

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Com investimento de R$ 9,89 milhões, a cidade de Campinas, em São Paulo, servirá como laboratório de testes para uma série de projetos envolvendo Internet das Coisas (IoT, do inglês Internet of Things). As propostas a serem aplicadas em ambiente urbano têm como objetivo aprimorar as condições de segurança nas ruas, ampliar a oferta de serviços prestados e reduzir gastos com energia.

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O projeto piloto conduzido pela Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), em conjunto com a prefeitura de Campinas, receberá suporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, no fim de 2019, aprovou a primeira operação de apoio às iniciativas e aportou R$ 2,98 milhões em recursos não reembolsáveis.

Como funcionará o piloto?

Um dos projetos previstos visa à utilização inteligente de recursos energéticos e consiste na instalação de um sistema composto por 350 módulos de telegestão de iluminação pública. Segundo o BNDES, cada luminária terá LEDs com ajuste de intensidade, esquema que possibilitará o controle remoto da luz, fomentando, a partir de uma rede de comunicação e manejo eficientes, uma estrutura de energia muito mais econômica.

A possibilidade de medir o gasto de energia é outro diferencial previsto. O aferimento poderá ser feito em cada ponto, especificamente, para que seja possível realizar a cobrança partindo do consumo real. Toda essa estrutura de comunicação poderá servir também para testar serviços de transporte com carros elétricos compartilhados. A estruturação das redes lógica e elétrica ao longo das vias permitirá empréstimos de carros como ocorre hoje com patinetes, por exemplo.

Além disso, a rede poderá incorporar lixeiras, bueiros conectados e outros serviços de cidades inteligentes cujo monitoramento online pode ter ganhos importantes. Um bueiro que controle em tempo real sua vazão de água pode emitir alertas antecipados sobre possíveis enchentes a partir do fluxo das galerias, por exemplo, permitindo que a Defesa Civil tome providências com maior tempo hábil.

O projeto piloto também abarca propostas visando à melhoria dos serviços de segurança pública. Entre elas está prevista a instalação de 22 câmeras de videomonitoramento na cidade, que terão um sistema de visão computacional por meio do qual será possível identificar quaisquer situações que ofereçam algum risco à segurança pública. Entre os benefícios almejados está o aumento de produtividade dos operadores da Central Integrada de Monitoramento.

Outra iniciativa que deverá sair do papel é a instalação de 100 estações com pequenos sensores climáticos, responsáveis por aferir a temperatura e a umidade do ambiente, a velocidade e a direção do vento, além do volume de chuva — tudo isso em tempo real. A ideia é possibilitar a emissão de alertas mais precisos e ampliar a confiabilidade das informações divulgadas pelo sistema da Defesa Civil. O projeto prevê que as estações estejam conectadas por uma rede de baixo custo de tráfego de dados e com ampla cobertura, com cada uma cobrindo cerca de 5 quilômetros quadrados.

Mais um projeto a ser testado tem por objetivo otimizar a leitura de placas de veículos por meio de uma tecnologia de processamento computacional. Câmeras eficientes converterão a imagem das placas em caracteres e os transmitirão para a nuvem por meio da rede celular. Nesse processo, apenas os dados relativos a veículos suspeitos (como carros roubados ou registrados em nome de investigados) serão registrados, tornando o monitoramento mais preciso e eficiente.

Grayscale Photography of Waiting Shed Near Open Road at Night
(Fonte: Pexels)

Referência em inovação

Campinas já é referência em iniciativas ligadas ao aprimoramento urbano. Em 2019, foi eleita a cidade mais inteligente e conectada do Brasil pelo Ranking Connected Smart Cities. A ideia do projeto piloto apoiado recentemente pelo BNDES é, futuramente, expandir os resultados em municípios similares e aprimorar a experiência nas cidades por meio da tecnologia.

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