Pesquisa realizada com paulistanos informa que igrejas e estações de metrô são os locais que mais possuem estrutura com acessibilidade para deficientes
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A Rede Nossa São Paulo, em parceria com o Ibope, realizou um levantamento sobre a mobilidade urbana para deficientes físicos em São Paulo. A pesquisa Viver em São Paulo: pessoas com deficiência aborda a percepção da população paulistana sobre a qualidade de vida de pessoas com algum tipo de deficiência.
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O estudo demonstra que as piores avaliações para essa parcela da população vão para ruas e calçadas (cerca de 10% das recomendações). Além disso, 26% de todos os entrevistados dizem que a principal medida para melhoria no cenário é oferecer acessibilidade em semáforos, paradas, pontos, terminais de ônibus e calçadas.
O levantamento também informa que os paulistanos dão as melhores avaliações em termos de mobilidade para portadores de necessidades especiais para igrejas e estações de metrô. As igrejas possuem cerca de 42% das avaliações e as estações de metrô, 39%.
Dados oficiais comprovam a falta de acessibilidade sentida por pessoas com deficiência em espaços públicos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 4,7% das calçadas são acessíveis no país. Em São Paulo, apenas 9% de todas as calçadas possuem opções que oferecem acessibilidade.
A demanda por essa infraestrutura é grande, tendo em vista que no Brasil, segundo o último levantamento do IBGE, existem 45,6 milhões de pessoas que possuem algum tipo de deficiência, representando 24% de toda a população do país.
O Ministério do Turismo investiu nos últimos anos mais de R$ 75 milhões em obras de acessibilidade para portadores de necessidades especiais. Além disso, conta com o Guia Turismo Acessível, um site colaborativo onde hotéis, restaurantes e outras atrações são classificados em relação à acessibilidade para essa parcela da população.
Também existem aplicativos que oferecem a mesma proposta. O Wheel Map, por exemplo, mostra um mapa com todos os estabelecimentos da cidade informando os locais com algum tipo de acessibilidade para portadores de necessidades especiais. As classificações variam entre “Perfeitamente acessível para deficientes”, “Acessível, mas ainda com alguns problemas” e “Nada acessível”. Porém, nem sempre a informação sobre o grau de acessibilidade está disponível, pois se trata de um app colaborativo.
Em São Paulo, foi criado o projeto Sem Rampa, Calçada é Muro, que reúne grafiteiros a fim de levar arte para locais específicos da cidade. A ideia é conscientizar a população sobre as dificuldades que pessoas com dificuldade de locomoção têm ao se deslocarem pela cidade.
Fonte: Ministério do Turismo, IBGE, EBC
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