Motoristas que estão em busca de maior privacidade ou mesmo de reduzir a visibilidade do veículo, aumentando a segurança, encontram nas películas automotivas, popularmente conhecida como insulfilm, um recurso aliado.
Tanto para quem já aplicou a película nos vidros quanto para quem está em busca de saber mais do tema, é importante se atentar ao que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determinou sobre o assunto. Isso porque a lei do insulfilm passou por mudanças.
Em vigor desde 2 de janeiro de 2023, a Resolução nº 989/2022, que altera o disposto na Resolução nº 960/2022), estabelece que o limite da transparência da película seja de 70% nos vidros em que o motorista necessita de visibilidade máxima. A regra vale tanto para o vidro do para-brisa quanto os laterais dianteiros. Antes da mudança, o percentual era de 75%.
Impactos da mudança e fiscalização
Na prática, isso não afeta quem já utilizava a película com a taxa de 75%, já que ela apresenta visibilidade maior. Nos demais vidros que não afetam a visibilidade do motorista, a determinação de que a transparência deve ser de no mínimo 28% não está mais em vigor, então não há mais limite.
A fiscalização, por sua vez, torna necessária a verificação da chancela da película, que indica o nível de transparência. Quem estiver utilizando uma película em desacordo com o estabelecido, estará cometendo infração grave, com desconto de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) também estabelece, no artigo 230, o pagamento de multa no valor de R$ 195,23 e retenção do veículo nesse caso. Vale lembrar que a determinação não se aplica a veículos blindados.
Leia também:
- 5 infrações pouco conhecidas por motoristas
- Conheça São José dos Campos, cidade destaque do Prêmio Mobilidade Estadão
- Como o vício em celular está gerando mudanças na mobilidade urbana?
Aplicação da película
As películas, que também oferecem proteção contra os raios solares, têm custos de aplicação que variam em função do veículo e do material presente na composição, conforme mostrou uma matéria no Jornal do Carro, do Estadão.
É possível optar por tonalidades específicas, o que pode atender tanto a uma preferência estética quanto à busca por mais segurança. Lembrando que a película opaca, que impede a passagem da luz, não pode ser usada.
Apesar de se tratar de um serviço simples, é importante contratar um profissional para realizar a aplicação, evitando riscar o vidro acidentalmente ou mesmo deixar alguma bolha à vista, o que prejudica a visibilidade ao dirigir e aumenta a chance de autuação, visto que é proibido conduzir o veículo nessa situação.
Fonte: Governo Federal, Estadão