Momento Mobilidade discute desigualdade socioespacial

13 de agosto de 2020 3 mins. de leitura

Fenômeno reduz as oportunidades de emprego e qualidade de vida para a maioria da população brasileira

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Foi de olho na desigualdade socioespacial que o Summit Mobilidade Urbana 2020 promoveu a primeira live da série Momento Mobilidade. O encontro integra a programação do Summit Mobilidade Urbana 2020, promovido pelo Estadão e patrocinado pela 99, CCR e Veloe.

O Summit Mobilidade 2020 será online e gratuito. Inscreva-se agora.

O bate-papo contou a participação de Vítor Coff Del Rey, presidente da Gestão Urbana de Empreendedorismo, Trabalho e Tecnologia Organizada (GUETTO), e Luiz Motta, Head de Public Affairs do Quicko app.

Desigualdade socioespacial e empregos

A desigualdade social afeta a rotina dos mais pobres, segundo o presidente do GUETTO. Com base em sua experiência pessoal, Vítor Coff Del Rey opina sobre o impacto de soluções inteligentes nos longos deslocamentos diários que as pessoas da periferia precisam fazer para terem acesso a empregos e serviços. “Trazer o pobre para o centro de debate sobre mobilidade urbana é muito importante”, afirma Del Rey.

Mapa colaborativo mostra os melhores itinerários para pedalar

O morador da periferia enfrenta uma dificuldade maior para ter acesso a oportunidades de emprego por conta da desigualdade socioespacial. “Quem tem emprego depende de viagens longas no transporte coletivo, muitas vezes em veículos com falta de manutenção e superlotados, para não se atrasar e perder o trabalho”, esclarece o presidente do GUETTO.

Possíveis soluções

Corredores expressos de BRT diminuem tempo de deslocamentos e aumentam a qualidade de vida da população. (Fonte: Andre Luiz Moreira / Shutterstock)

Vítor Del Rey defende que é necessário estimular a presença de empresas do centro de metrópoles como o Rio de Janeiro também em periferias, como a Baixada Fluminense. Com empregos mais próximos de casa, seriam evitados deslocamentos diários longos, representando melhor qualidade de vida para as populações periféricas.

Luiz Motta, da Quicko, concorda. “Se você não gerar emprego nos bairros mais distantes, não adianta ficar construindo avenidas, linhas de metrô, corredores de ônibus — você nunca vai dar conta.”

Modelo de cidades inteligentes

Quicko app integra modais como metrô e bicicleta para oferecer rota mais rápida e econômica para os usuários. (Fonte: Alf Ribeiro / Shutterstock)

A mobilidade urbana tem de ganhar outros recortes e incluir a maioria da população no debate. Para tanto, é preciso partir da experiência do usuário no transporte público, inclusive aproveitando a tecnologia para estruturar soluções adaptadas para a realidade brasileira. 

Em uma pesquisa do Banco Mundial em cidades da América Latina, a maioria dos entrevistados disse que retornará às atividades presenciais usando o transporte coletivo. Dessa forma, um deslocamento rápido é uma maneira de minimizar os riscos de exposição ao coronavírus, além de reduzir custos para o usuário, na visão do executivo da Quicko.

O que é e como combater a desigualdade socioespacial

O representante da Quicko acredita que a tecnologia possa ajudar no acesso à cidade e na promoção da qualidade de vida. Motta informa que 88% dos usuários do app usam o transporte público; o aplicativo sugere as rotas mais rápidas e econômicas, integrando modais como metrôs, trens, BRT, ônibus, carros por aplicativo e bicicletas.

Fonte: Momento Mobilidade

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