As cores das bengalas ajudam na identificação de indivíduos com baixa visão, cegos ou surdos e cegos
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Com o advento da tecnologia, diversas ferramentas ligadas à acessibilidade urbana foram criadas para incluir diferentes tipos de cidadãos. No entanto, não é sempre que elas precisam estar relacionadas com aplicativos muito elaborados. É o caso das cores nas bengalas de deficientes visuais.
Desenvolvido na Argentina na década de 1990, o projeto Bengala Verde aposta na diferenciação das deficiências visuais por meio das cores das bengalas dos indivíduos. Elas foram escolhidas pelos próprios idealizadores argentinos e simbolizam a esperança de enxergar a vida de uma nova forma.
Segundo especialistas, a diferenciação entre as cores das bengalas e a difusão desse conhecimento entre a população são extremamente importantes para a inclusão desses indivíduos em locais públicos.
Após ter sido criado na Argentina, o Bengala Verde foi difundido entre diversos países da América Latina; no entanto, a ideia não foi tão expressiva no Brasil. Então, para “driblar” a falta de uma política nacional, alguns municípios criaram projetos de lei sobre o tema para incentivar a conscientização entre seus moradores. Atualmente, a lista inclui as cidades de São Paulo, Juiz de Fora, Campos dos Goytacazes, Curitiba, entre outras. Entenda o que cada cor de bengala indica.
A visão baixa, conhecida também como visão subnormal, é caracterizada por uma perda de visão que não pode ser corrigida por meio dos métodos existentes na atualidade, como óculos, lentes e cirurgias.
Normalmente, quem tem essa deficiência não consegue enxergar com totalidade o que há na sua frente, como cenários, pessoas e objetos. Segundo o projeto argentino, a cor de bengala indicada para esses indivíduos é a verde.
As pessoas com surdo-cegueira apresentam dificuldade para enxergar e ouvir no seu dia a dia. Para serem identificadas, elas utilizam uma bengala branca e vermelha.
Além da regulamentação desses códigos, outras medidas devem ser tomadas pelas prefeituras para tornarem suas ruas ainda mais inclusivas para as pessoas. É importante que as calçadas não apresentem obstáculos no deslocamento e que o piso tátil seja instalado de forma correta para garantir o auxílio em todo o percurso.
Independentemente de qualquer tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, as cidades do futuro têm o grande desafio de garantir o acesso digno de seus moradores a ruas, ônibus, parques, restaurantes e outros locais.
Fonte: Deficiente Ciente, Hospital de Olhos.