Pesquisa revela como as opções de transporte na cidade interferem no dia a dia do paulistano
Publicidade
O que leva os paulistanos a usarem determinado tipo de transporte? Ou como os compromissos diários podem sofrer interferência devido às dificuldades de locomoção em São Paulo?
Conheça o maior e mais relevante evento de mobilidade do Brasil
Para responder a essas perguntas, em agosto de 2019 foi realizada a pesquisa “Viver em São Paulo: Mobilidade Urbana”, pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope Inteligência. O estudo — feito com base em dados coletados em 800 entrevistas, em diferentes regiões de São Paulo — revelou as principais escolhas dos cidadãos na hora de utilizar os meios de transporte na cidade.
Para isso, foram avaliados aspectos como a média de tempo gasto em deslocamentos, o transporte utilizado com mais frequência, a acessibilidade, o uso da bicicleta e as políticas públicas. Separamos os principais resultados. Confira:
As pessoas gastam, em média, 1 hora e 47 minutos para se deslocarem no dia a dia. Em relação a 2018, o tempo de mobilidade teve uma queda de 10 minutos. Embora haja grandes variações de uma região para outra, sabe-se que 58% dos paulistanos precisam de até 2 horas por dia para chegar ao trabalho ou local de estudo.
O ônibus municipal é o transporte favorito entre os paulistanos. Em seguida, estão carro (20%), metrô (12%), trajetos a pé (6%) e aplicativos de transporte (5%).
Em relação ao ônibus, 48% afirmam utilizá-lo de 1 a 5 vezes por semana. E, quando questionados sobre a qualidade desse meio de transporte, os problemas “lotação” e “preço da tarifa” são os mais citados. Além disso, foi identificado que 71% dos usuários são atingidos pelas altas tarifas, portanto deixam de utilizar o transporte para realizar alguma atividade, como ir ao médico.
A preferência pelo carro em 2019 se manteve igual nos últimos 2 anos, totalizando 72% da amostra. Porém, o hábito de usar o automóvel no dia a dia costuma variar de acordo com o perfil da população. Nesse quesito, ele costuma ser mais acessível de acordo com a classe social, a renda e o nível de escolaridade.
Em contrapartida, a predisposição em deixar o veículo em casa teve um crescimento. Em 2019, 50% dos entrevistados disseram ser favoráveis à troca do meio de locomoção caso houvesse uma boa alternativa.
Em 2019, 76% dos entrevistados afirmaram ter como hábito andar a pé, sendo que 24% das pessoas realizam a atividade diariamente. Esse foi o maior índice, desde 2015, quando ainda atingia a marca de 72%.
Outro ponto analisado pela pesquisa foi o fator “sensação de insegurança”, que prevalece entre os paulistanos que circulam a pé pela cidade. Ainda, soma-se a avaliação negativa quanto às ações dos governos municipal e estadual, no combate ao assédio no transporte público.
Curtiu o assunto? Clique aqui e saiba mais sobre como a mobilidade pode melhorar os espaços.
Fonte: Rede Nossa São Paulo.