Empresa se pronunciou após o presidente da República dizer que os preços dos combustíveis começaria a baixar nesta semana
Publicidade
A Petrobras publicou nesta semana em seu site um comunicado em resposta às falas do presidente Jair Bolsonaro, que disse durante uma live que a empresa começaria a baixar os preços dos combustíveis.
A petroleira brasileira afirmou que a redução dos valores não está sendo discutida internamente. “A Petrobras, em relação às notícias veiculadas na mídia a respeito da expectativa de novos reajustes nos preços de combustíveis, esclarece que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes.” informou a nota da companhia.
“A Petrobras não antecipa decisões de reajuste e reforça que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado”, finalizou a nota.
Dessa forma, a empresa retirou a sua responsabilidade das falas de Bolsonaro, visto que as promessas feitas pelo presidente para seus eleitores ficaram sem nenhum embasamento político e econômico.
Em conjunto ao comunicado, a petroleira ainda destacou os seus canais de transparência, nos quais são divulgados dados como lucros, prejuízos e variações do mercado internacional. Assim, qualquer cidadão pode acompanhar na íntegra as decisões da Petrobras.
Segundo os dados sobre o histórico do preço dos combustíveis do Brasil, divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina nunca esteve com o preço tão elevado quanto atualmente.
Muitas pessoas têm dúvidas sobre como é calculado o valor do combustível. Segundo as políticas adotadas pelo governo nos últimos anos, o preço é composto pela operação da Petrobras, tributos federais, estaduais e municipais, além de custos envolvendo a distribuição e revenda dos combustíveis.
No entanto, o principal fator responsável pelo aumento exponencial acompanhado nos últimos tempos está relacionado com a desvalorização do real frente ao dólar. Como a moeda norte-americana é a utilizada para as negociações internacionais, a forte procura por petróleo no mercado externo tem feito com que a petroleira também precise aumentar os seus valores para continuar se mantendo competitiva em relação aos seus concorrentes.
Para que isso mude, é preciso principalmente que a grande crise econômica, social e sanitária que o Brasil vem enfrentando nos últimos anos comece a ser amenizada para que o real volte a se fortalecer.
Fonte: Petrobras, Estadão.