O crescimento da tecnologia é perceptível em várias cidades do País
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Cada vez mais cidades em todo o Brasil estão reconhecendo os ônibus elétricos como alternativas de mobilidade sustentável. Há dezenas de veículos em operação em grandes municípios, como São Paulo e Campinas (SP), além testes em capitais como Brasília (DF) e Salvador (BA).
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Essa opção é especialmente interessante em um país como o Brasil, em que a maior parte da energia elétrica vem de fontes limpas e renováveis, como hidrelétrica e eólica.
Os veículos movidos a bateria também têm outras vantagens, inclusive econômicas, que podem estimular sua adoção por gestores públicos e donos de empresas de transporte. De acordo com a BYD, empresa chinesa líder de mercado em ônibus elétricos na América Latina, os custos de operação de seus veículos são até 70% menores do que nos movidos por combustíveis fósseis.
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Além disso, como os motores têm menos partes móveis, costumam ter maior vida útil e exigir menos manutenção. É interessante, ainda, observar que os elétricos emitem menos ruído, oferecendo mais conforto a motoristas, cobradores e passageiros.
O principal impeditivo para a adoção dessa alternativa no Brasil está nas baterias, que têm alto custo e oferecem menor autonomia do que os veículos a combustão, de acordo com uma análise do Instituto WRI Brasil. Para lidar com a questão, a BYD permite que empresas optem por comprar seus veículos com as baterias ou alugá-las de terceirizados.
Segundo a companhia, os componentes correspondem a 50% do custo dos ônibus elétricos no Brasil, e essa flexibilização nos contratos pode fazer com que mais empresas consigam adquirir os veículos. Além disso, em 2019, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passou a oferecer linhas de crédito para a compra de automóveis comerciais elétricos.
Quanto à autonomia, a BYD afirma que seus veículos podem rodar entre 200 quilômetros e 300 quilômetros com uma carga, o que em geral permite rodar durante um dia inteiro. As recargas duram em torno de três horas e são feitas em tomadas instaladas nas garagens.
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O instituto WRI Brasil ressalta que a cobertura de menores distâncias do que nos veículos a diesel é uma questão que atrapalha a adoção dos ônibus elétricos, ainda mais quando se leva em conta que as baterias podem apresentar variações de rendimento em algumas condições, como temperaturas muito altas ou muito baixas.
Os ônibus elétricos estão conquistando seu espaço à medida que as autoridades observam as vantagens ambientais dessa alternativa. Em São Paulo, por exemplo, a adoção foi estimulada pela implementação de metas de redução de emissões por veículos a serviço da prefeitura. Entre outros objetivos, a cidade pretende diminuir a emissão de CO2 pela metade até 2027 e em 100% até 2037; para isso, os 15 primeiros ônibus elétricos entraram em operação no fim de 2019.
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Isso faz de São Paulo a cidade com a maior frota de ônibus 100% elétricos do País. Em Campinas, onde fica a fábrica da BYD, há 13 veículos em operação, mas uma licitação realizada em 2019 pela prefeitura prevê o aumento desse número para 400 nos próximos anos, fazendo com que metade de toda a frota municipal seja elétrica.
Em Salvador, os testes começaram em julho de 2019 em quatro linhas. No início de 2020, a prefeitura afirmou que pretende utilizar os veículos movidos a bateria nas futuras linhas de ônibus de trânsito rápido (BRT — bus rapid transit), ainda em fase de implantação. Os ônibus elétricos também começaram a circular em Brasília, com os veículos de teste fazendo a linha entre a Rodoviária do Plano Piloto e a Praça dos Três Poderes. Outras experiências foram documentadas em Santos (SP), Bauru (SP) e Volta Redonda (RJ).
Fora do Brasil, a cidade que lidera o movimento dos ônibus elétricos na América Latina é Santiago, capital do Chile, com mais de 300 veículos em atividade. Já Shenzhen, na China, se destaca por ser a primeira metrópole com 100% da frota composta por veículos elétricos.
Fonte: Prefeitura de São Paulo, Mobilize.org, Diário do Transporte, Estadão.
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