Internet muito mais rápida pode permitir que a cidade seja totalmente conectada, transformando os espaços urbanos em smart cities
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A tecnologia 5G começou a ser utilizada em alguns países asiáticos em 2019, chamando atenção do mundo todo: a internet é de 20 vezes a 100 vezes mais veloz do que em uma conexão 4G, o tempo de resposta é sensivelmente menor (a comunicação é, praticamente, em tempo real) e há muito mais estabilidade.
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E a grande questão é que o 5G pode acelerar o desenvolvimento da chamada Internet das Coisas (IoT), em que os equipamentos se comunicam, funcionando de forma autônoma e conectada.
Embora algumas cidades já utilizem soluções relacionadas à IoT, o 4G não oferece tecnologia suficiente para que essas ideias realmente tomem conta das cidades. Nesse sentido, o 5G tende a ser revolucionário, à medida que não apenas as pessoas podem se comunicar pela internet mas também os objetos, com potencial para transformar os espaços urbanos, que terão muito mais aparelhos.
Essas alterações são essenciais para que os carros autônomos, por exemplo, possam ganhar as ruas. Mas as possibilidades vão muito além disso. Em última instância, da mesma maneira que o 4G ajudou a transformar os celulares em smartphones, o 5G pode criar as smart cities.
De acordo com uma reportagem publicada pelo jornal canadense The Globe and Mail, um dos primeiros usos esperados para a nova conexão de internet é nos carros autônomos. Mais do que liberar o motorista de trocar marchas ou virar o volante, esses veículos poderão se comunicar com sinais de trânsito e sensores, permitindo diminuir amplamente problemas como congestionamentos.
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As pessoas demorarão menos em seus deslocamentos e poderão aproveitar melhor o tempo gasto neles para realizar outras tarefas, aumentando a produtividade. Segundo estimativas da Associação Canadense de Telecomunicações Wireless (CWTA, na sigla em inglês), isso pode gerar aumento de 270 milhões de dólares no Produto Interno Bruto (PIB) de Vancouver ou 535 milhões de dólares em Montreal.
Os sensores espalhados por toda a cidade e sua comunicação por internet 5G também poderão criar uma revolução nos serviços públicos. Bombeiros serão capazes de analisar a estrutura de prédios em chamas por realidade virtual, ambulâncias inteligentes terão acesso a dados de smartwatches dos pacientes e redes de energia elétrica gerenciarão o fluxo de forma mais eficiente, gerando economia.
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Essas são apenas algumas possibilidades. Isso porque, quando a tecnologia entrar em funcionamento, empresas e autoridades públicas poderão criar os mais diferentes usos para ela, ampliando esses horizontes com o passar do tempo. “O que vai acontecer, exatamente, é imprevisível. Mas as possibilidades são infinitas”, afirmou o presidente da CWTA, Robert Ghiz, ao The Globe and Mail.
Essas ideias devem levar algum tempo para chegar ao mundo real, uma vez que a tecnologia 5G ainda está sendo implantada. Depois de seu início, em 2019, na Coreia do Sul, a conexão já está em operação em 23 países, segundo infográfico publicado pelo Estadão. A reportagem mostra que outros 15 países já estão fazendo testes.
No Brasil, o 5G está previsto para chegar entre 2021 e 2023. O primeiro passo para a adoção da tecnologia é o leilão das frequências de operação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que deve acontecer no ano que vem. Depois disso, as empresas precisarão de um tempo para instalar a infraestrutura e fazer testes. Sobre isso, a matéria do The Globe and Mail pondera que a construção de uma rede 5G é muito mais complexa que a do 4G, por exemplo, demandando investimentos muito maiores.
Fonte: The Globe and Mail, Estadão
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