Municípios priorizam cada vez mais os espaços de convivência e a sustentabilidade
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Tem sido comum que, durante a pandemia do novo coronavírus, cidades do mundo todo abram ruas apenas para pedestres e ciclistas, no intuito de incentivar trajetos a pé e de bike, considerados mais seguros do que o transporte coletivo, por exemplo.
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Além de eficaz para o momento, a medida se mostra sustentável; não por acaso, outros locais ao redor do mundo possuem projetos antigos e mais permanentes de ruas abertas. É o caso da Noruega, que pretende se livrar de carros movidos a combustíveis fósseis até 2025.
Confira cinco municípios que deram preferência a bicicletas e caminhantes na hora de pensar a estrutura urbana.
A capital norueguesa está dedicando cada vez mais as ruas a quem anda por elas. Muitas vagas de estacionamento em áreas centrais têm se tornado faixas para bicicletas. Em 2019, tanto Oslo quanto Helsinki, na Finlândia, não tiveram nenhuma morte de pedestres ou ciclistas — fruto de suas políticas para o trânsito não focadas em carros.
Inspirada nas cidades de Gante e Bruges, a capital da Bélgica se orgulha agora de ter aberto toda a sua área central para pedestres. São cerca de 50 hectares nos quais os carros não poderão circular. A medida, um pouco impopular na época de sua implementação, em 2015, fez com que os habitantes do local passassem a usar mais o transporte público.
A cidade é conhecida por oferecer uma experiência com calçadas amplas e faixas dedicadas aos caminhantes. Desde a rua comercial Strøget, criada em 1962, até as pistas exclusivas para bicicletas que incentivam o passeio sobre duas rodas para conhecer o município, a maioria dos destinos é plenamente acessível seja a pé, seja por meio do transporte multimodal sustentável, o que inclui até barcos.
6 cidades onde os pedestres são valorizados
Além da iniciativa pioneira das ruas fechadas para carros, a capital da Dinamarca se destaca pela abrangência atingida: hoje, metade da população da cidade utiliza as bicicletas para se locomover, e estima-se que 63% do parlamento dinamarquês também se desloquem dessa forma.
Ao longo dos anos, a cidade da Austrália vem fechando ruas para a circulação a pé, a exemplo das vias Martin Place e Pitt Street Mall. A solução para os momentos de menor movimento, que poderiam gerar um cenário perigoso, foi incentivar festivais e criar políticas de embelezamento das ruas por meio da arte, além do apelo comercial já existente nos locais.
Desde a iniciativa Paris Respira até a criação das ruas dedicadas aos caminhantes a partir de 2017, a capital da França vem priorizando o ar mais puro e as caminhadas pelas regiões centrais.
Às margens do Rio Sena, surgiu o parque Rives de Seine, que constitui um espaço de recreação com atividades culturais, enfatizando a posição da prefeitura de que os municípios podem e devem conter espaços de respiro e que estejam disponíveis a todos.
Fonte: Brussels Centre Observatory, The Guardian, The Independent, The Travel, The city at eye level, RFI, Revista de Direito Econômico e Socioambiental.
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