Proposta estratégica aplica ao planejamento urbano os componentes “evitar, mudar e melhorar”
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Mais de um quinto de todas as viagens realizadas na Alemanha são feitas a pé. A caminhada é um modo de deslocamento livre de emissões, silencioso e requer pouco espaço. Nesse sentido, o pedestre pode ser a solução para resolver inúmeros problemas urbanos.
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Pensando nesses fatores, a Agência Alemã do Meio Ambiente (UBA) lançou um Plano Estratégico para Caminhadas em 2018, que é um modelo excelente a ser seguido por outros países a fim de desenvolverem seus próprios planos no intuito de trazer a mudança necessária aos espaços urbanos.
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A estratégia de incentivo às caminhadas na Alemanha aplica os componentes principais da abordagem “evitar, mudar e melhorar” ao planejamento. O plano direciona mudanças no uso da terra e na forma urbana de encurtar viagens, desincentivando o uso de carros e incentivando caminhadas.
As cinco estratégias propostas na estrutura do plano são projetadas para melhorar os problemas sistêmicos que afetam a caminhada, em vez de focar no comportamento do usuário como o problema. Os pontos envolvem leis, padrões de calçada, financiamento, aprendizado com o ciclismo e integração entre os órgãos governamentais.
A legislação deve favorecer o pedestre
A lei de trânsito precisa ser repensada, com a inclusão de prioridade das travessias de pedestres em cruzamentos, limitar a velocidade máxima em 30 km/h para áreas urbanas e melhorar a execução da lei, com adaptação de aplicação de multas.
Padrões de qualidade de calçadas e travessias
As calçadas e áreas de travessias devem ter padrões estruturais mínimos, com largura suficiente, superfície plana e antiderrapante. Os locais de caminhada devem ser bem iluminados e com sinalização adequada. Os cruzamentos devem ser projetados de forma que os pedestres possam se mover livremente e com segurança sem longos tempos de espera e desvios.
Financiamento suficiente para o tráfego de pedestres
A política de pedestres precisa de ancoragem institucional, com responsabilidades bem-definidas e mais funcionários. Os programas de desenvolvimento urbano para caminhadas dos governos federal, estadual e municipal devem ser mais robustos. O tráfego de pedestres precisa de recursos suficientes para pesquisas, melhoria de instrumentos de atuação e de infraestrutura urbana. O planejamento das áreas de construção, meio ambiente, saúde, educação e pesquisa devem levar em consideração o tráfego a pé.
O desenvolvimento da promoção do ciclismo é uma história de sucesso e deve servir como modelo a seguir. Programas de estímulo ao uso de bicicletas, disponíveis na internet, conferências e seminários oferecem ótimos exemplos de ações que podem ser implantadas também para pedestres. No entanto, devem ser observadas algumas características especiais do tráfego a pé.
Mobilidade urbana: iniciativas também dependem do cidadão
As políticas de incentivo aos pedestres devem ser integradas e fortalecidas entre os órgãos de governos nas três esferas, sendo consideradas questões transversais de departamentos, como planejamento urbano, meio ambiente e saúde. A estratégia nacional deve considerar que o incentivo a caminhadas não é uma questão apenas de deslocamento, mas também de interação social.
Em todo o país, o tráfego de pedestres pode ajudar a alcançar objetivos de proteção climática e desenvolvimento urbano sustentável. Uma estratégia nacional para pedestres é, portanto, uma base sólida no auxílio de orientação em cidades e municípios, a fim de desenvolver ainda mais os tópicos correspondentes. As sete principais metas do plano que devem ser alcançadas até 2030 são:
Fonte: The City Fix, DeutscheWelle, UBA.
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