Nova linha parisiense de VLTs procura ser mais acessível, segura e sustentável para os usuários
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Desde abril está em funcionamento uma nova linha de VLTs (Veículo Leve Sobre Trilhos) em Paris (França). Conectando a suburbana estação de metrô Porte de Choisy a Place Gaston Viens, no centro de Orly, os veículos utilizados têm um sistema de luz personalizado pela agência Saguez & Partners.
Segundo a Prefeitura de Paris, a nova iluminação 100% LED foi projetada para garantir uma boa visão da abertura e do fechamento das oito portas duplas localizadas em cada lado dos bondes. O esquema inclui uma luz verde que indica a abertura das portas, uma vermelha no momento de fechamento e uma branca durante o deslocamento para garantir melhor acessibilidade para os usuários da linha.
Visando ao conforto durante o transporte, os veículos têm diversas telas multimídia com mapas visuais, tomadas USB e ar-condicionado. Os viajantes que embarcam na Porte de Choisy em direção ao centro de Orly percorrem dez quilômetros por cerca de 30 minutos, passando pelas cidades de Paris, Ivry-sur-Seine, Vitry-sur-Seine, Choisy-le-Roi, Thiais e Orly-ville.
A Ile-de-France Tramway Line 9 (T9), como a nova linha é chamada, é uma forma de encorajar a mobilidade sustentável na capital francesa e permite melhorar a oferta de transporte em termos de capacidade, suportando até 300 passageiros por bonde. O novo projeto ainda incentiva o uso de bicicletas, com ciclovias ao longo dos trilhos e fornecimento de aros em cada estação. As faixas são de uso exclusivo e têm prioridade nos cruzamentos.
Os veículos foram desenvolvidos para ter baixo consumo de energia elétrica, o que os torna ainda mais sustentáveis quando comparados a outros modais usados no transporte coletivo. Durante o horário de rush, uma saída da estação principal a cada cinco minutos está programada para acelerar o transporte dos passageiros.
Em novembro de 2016, a T9 começou a ser desenhada com a encomenda de 22 bondes Citadis X05 da Alstom pela Île-de-France Mobilités. No período, toda a via férrea foi construída e instalada pela empresa Colas Rail, e foram implantadas cerca de 1,7 mil árvores ao longo de todo o percurso.
O custo de 404 milhões de euros para a infraestrutura foi financiado conjuntamente pela região de Île-de-France (52,5%), pela prefeitura de Île-de-France (22,5%), pela região de Val de Marne (21 %), pela cidade de Paris (3%) e pela comunidade urbana Grand-Orly Sein Bièvre (1%). Os veículos elétricos foram financiados pela entidade pública Île-de-France Mobilités por 74,75 milhões de euros.
A operação, que pela primeira vez tem sido gerida por uma empresa privada, a Keolis, tem custo de 9,8 milhões de euros por ano e também é financiada pela Île-de-France Mobilités.
Fonte: Railway, Mobilize, Urban Transport Magazine, Tram 9
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