Saiba quais são as cidades mais poluentes no Brasil e qual é o setor de atividades que mais emite gases de efeito estufa
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O Brasil é o 65° país mais poluído do mundo. Apesar de não figurar na lista das nações mais poluidoras, o Ministério da Saúde alertou que o número de mortes causadas pela poluição do ar aumentou 14% entre 2006 e 2016.
Até 2019, o estudo mais completo sobre a poluição no país era o de compilação de dados feitos pelo Cuponation, o qual apontava as capitais e as grandes cidades como os fatores mais poluentes. Na lista dessa pesquisa, o Rio de Janeiro (RJ) foi considerado a cidade com o pior ar, com 64 microgramas de poluentes por metro cúbico; seguido de Cubatão (SP), com 48 microgramas de poluentes por metro cúbico.
Outra cidade do Estado de São Paulo, a terceira colocada, foi Campinas, com 39 microgramas de poluentes por metro cúbico, seguida de São Paulo (SP) e Região Metropolitana, com 38 microgramas de poluentes por metro cúbico. A quinta foi Curitiba (PR) e Região Metropolitana, com 29 microgramas de poluentes por metro cúbico.
Em 2021, um estudo mais completo do Observatório do Clima apresentou dados surpreendentes. Após três anos de trabalhos e análises em mais de 5.570 municípios, constatou-se que, entre as dez cidades mais poluentes, sete estão na Amazônia Legal (área que inclui os estados do Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Acre, Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão).
O município que liderou o ranking de mais poluente do Brasil foi São Félix do Xingu (PA). Com pouco mais de 130 mil habitantes, o local lançou 29,7 milhões de toneladas brutas de CO2 na atmosfera em 2018. A cidade tem um dos maiores rebanhos de gado do país, assim, a maior responsável pelo lançamento desses gases foi a destruição de áreas de floresta, com desmatamento e queimadas, para transformação em pasto. São Félix do Xingu lança mais gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera do que o Uruguai, o Panamá e a Noruega.
As demais cidades entre as mais poluentes foram as seguintes (em ordem de emissão de carbono em milhões de toneladas): Altamira (PA) 23,38; Porto Velho (RO) 22,49; São Paulo (SP) 17,96; Pacajá (PA) 15,04; Colniza (MT) 14,28; Lábrea (AM) 13,77; Novo Repartimento (PA) 12,26; Rio de Janeiro (RJ) 11,79; Serra (ES) 11,52.
A principal causa para a emissão de gases carbônicos em todas as cidades que fazem parte da Amazônia foi a agropecuária e a mudança de uso da terra de floresta.
A cidade mais populosa do Brasil, São Paulo, é a quarta que mais polui, tendo lançado um total de 17,96 milhões de toneladas de GEE na atmosfera em 2018. Nesse caso, a maior responsável pelas emissões desse tipo de gás é a queima de combustíveis fósseis realizados por veículos. A cidade tem a maior frota do país, com cerca de 6 milhões de veículos.
No Rio de Janeiro, que emitiu 11,79 milhões de toneladas de poluentes em 2018, o problema está na má gestão de resíduos. A cidade também sofre com a dificuldade de dissipação da poluição por ser cercada de morros. A última cidade fora da Amazônia, e a 10ª mais poluente do País é a Serra no Espírito Santo, que emitiu 11,52 milhões de toneladas de GEE. Nesse caso, a poluição é causada principalmente pela atividade industrial da região.
Fonte: Mobilize, Tecmundo, Mega Curioso, Fragmac.