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Carros elétricos: peso dos modelos pode ser um problema ambiental

As adaptações necessárias para o funcionamento de um carro elétrico e a própria bateria fazem que esses modelos sejam mais pesados do que seus correspondentes na versão de combustíveis fósseis. Desse modo, o peso dos veículos pode ser um problema para o meio ambiente.

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Conforme os carros elétricos se popularizam, modelos maiores e mais pesados, como Sport Utility Vehicles (SUVs) e Crossovers, têm ganhado o coração dos clientes. Ocorre que os veículos mais pesados podem ocasionar uma série de problemas ambientais não antecipados, exatamente o que a eletrificação dos veículos deveria impedir.

Hummer elétrica da General Motors chega a pesar 4,1 toneladas. (Fonte: GMC/Divulgação)

Veículos mais pesados exigem baterias mais potentes, mas a indústria de veículos elétricos ainda não sabe como reciclar efetivamente todo esse material. A extração de matéria-prima e o custo dos materiais para a fabricação também aumentam a preocupação com ações ambientais predatórias.

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Os modelos maiores e mais luxuosos têm feito sucesso nos Estados Unidos e na Europa, mas chegam a pesar entre 35% e 45% a mais do que seus correspondentes a gasolina e diesel.

No oeste europeu, maior mercado consumidor de carros elétricos, os modelos SUVs e Crossovers representam 41% das vendas de carros elétricos dos últimos cinco anos. Novos estudos demonstraram que, se a opção de consumo por veículos mais pesados continuar, a demanda elétrica crescerá acima do esperado e as alterações nas linhas de transmissão precisarão ser feitas.

Modelos mais compactos, leves e eficientes (como o Renault Zoe) são menos lucrativos para as montadoras. (Fonte: Renault/Divulgação)

Mas a decisão pela compra de carros maiores não pode ser atribuída só a clientes. As fábricas têm priorizado a venda desses modelos, que são mais caros e lucrativos do que veículos leves e mais eficientes.

O problema das baterias

Carros elétricos têm uma série de vantagens para o meio ambiente. Os motores são muito mais silenciosos e não emitem gás carbônico. Além disso, não é preciso utilizar e trocar óleo. Mas esses modelos geram preocupações, principalmente com a pegada de carbono durante sua construção e com a questão de como reciclar as baterias utilizadas.

A indústria automobilística ainda tenta diminuir as emissões de carbono realizadas durante a produção das carcaças, motores e baterias de veículos elétricos. As baterias também são uma “dor de cabeça”, pois poucas são recicladas, e a maioria delas reutiliza apenas o alumínio, deixando os produtores com a dúvida do que fazer, principalmente, com o lítio.

A coleta do material útil das baterias de íon de lítio é uma tarefa demorada e perigosa. Algumas fábricas cogitam fazer essa coleta de maneira robotizada, mas não há padronização na fabricação das baterias, o que dificulta o processo.

Descartar esse material em aterros também não é uma solução, pois além de contaminar o solo, podem ocorrer explosões e incêndios. Alguns fabricantes, como a Toyota e a Tesla estão fazendo testes para reutilizar as baterias em painéis de energia solar, porém ainda estão em fase inicial.

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Fonte: Bloomberg, LiveMint, Science Direct, Fast Company.

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