Conheça mais sobre o uso da energia solar na aviação e saiba os limites dos projetos em andamento
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A energia solar tem sido defendida por especialistas do mundo todo, visto que ela é uma forma de produção energética limpa e renovável. No entanto, seus limites têm sido questionados por especialistas, que têm dúvidas sobre a sua aplicação em diversos meios. Será que dá para fazer um avião que voe apenas com energia solar? Entenda essas limitações.
A energia solar funciona a partir da captação da luz do sol através de placas instaladas sobre as mais variadas superfícies. Existem três formas de a luz ser transformada em energia: fotovoltaica, térmica e heliotérmica.
Na energia fotovoltaica, os fótons provenientes da luz do sol entram em contato com os átomos de silício presentes nos painéis instalados, fazendo com que aconteça um deslocamento de elétrons e que surja uma corrente elétrica no sistema.
Já na energia térmica, a luz do sol captada pelos painéis aquece um líquido específico presente nas tubulações instaladas em uma residência, que ficam responsáveis por aquecer a água utilizada em banheiros e pias, por exemplo.
A energia heliotérmica utiliza o sol para aquecer determinado líquido até que ele solta um vapor e movimenta uma série de turbinas instaladas em um local, fazendo com que a força mecânica se transforme em eletricidade, como nas usinas hidrelétricas.
No caso dos aviões, devido à grande complexidade de operação, a aplicação da energia solar tem sido discutida entre a geração e o consumo próprio pelas aeronaves, ou apenas as recargas das baterias com a energia proveniente do sol.
Os limites para o amplo uso da energia solar na aviação se concentram principalmente no avanço tecnológico existente na atualidade. Como a energia solar é uma fonte utilizada principalmente para tarefas mais simples, como o abastecimento de residência ou para atividades pontuais, a aplicação desse tipo de energia nos aviões comerciais se torna insustentável.
Em um avião, o consumo de energia é muito grande, visto que além de fazer as turbinas funcionarem corretamente e fazer a aeronave cumprir todo o trajeto proposto, é preciso ter energia suficiente para uma série de outras necessidades, como o entretenimento de passageiros, a necessidade de luz interna, o aquecimento de alimentos e a obrigação de entrar em contato com a equipe que estiver em solo nos aeroportos.
Outro ponto é que mesmo no caso de abastecimento de baterias para serem utilizadas nos voos, ainda não foi desenvolvida nenhuma que consiga armazenar uma quantidade energética tão grande, sendo um problema inclusive discutido na indústria de carros elétricos.
Dessa forma, ainda é preciso que pesquisas avancem para que a energia solar possa se tornar mais possível para o mercado aéreo.
Apesar das limitações apresentadas, projetos de aviões movidos a energia elétrica já estão mais avançados do que muitas pessoas imaginam. Em 2016, o projeto Solar Impulse conseguiu fazer um avião movido a energia solar dar uma volta ao mundo.
Ele decolou da cidade de Abu Dhabi, em março de 2015, e pousou em julho do ano seguinte no mesmo aeroporto de origem. Segundo o Portal Solar, foram cerca de 42 mil km realizados em 17 voos.
Para cumprir tal feito, o avião contou com uma grande estrutura, contendo 18 mil células solares nas asas e no teto, 4 motores elétricos e uma envergadura de cerca de 72 metros. Ele tem capacidade para apenas uma pessoa, mas pode ser considerado como uma grande porta para o futuro do transporte aéreo.
Fonte: Portal solar.