A mobilidade elétrica tem aparecido cada vez mais em discussões envolvendo temas como clima, sustentabilidade e futuro de cidades inteligentes, uma vez que a eletrificação é vista como um dos caminhos para enfrentar problemas provocados pela queima de combustíveis fósseis. No entanto, a adesão à mobilidade elétrica não é homogênea, e políticas públicas ainda caminham lentamente em alguns países.
A seguir, confira um panorama do setor.
O que é mobilidade elétrica?
O termo “mobilidade elétrica” é utilizado para se referir ao uso da eletricidade como fonte de energia de veículos como carros, ônibus e trens. Devido aos benefícios para as cidades e a população, como a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, a eletrificação tem sido amplamente defendida por especialistas.
Atualmente, existem diversas fontes de energias verdes e renováveis, como a hidroelétrica e a eólica, o que, além de contribuir para uma mobilidade mais sustentável, reduz a dependência mundial dos combustíveis fósseis, como acontece hoje.
Apesar de estarem em alta no momento, as discussões envolvendo o tema não são recentes, tendo começado há algumas décadas com a preocupação de cientistas sobre as mudanças climáticas e o esgotamento dos recursos naturais.
Além de incentivos ao setor privado, a mobilidade elétrica carece de políticas públicas dos governos locais, que devem proporcionar infraestrutura nas ruas para o recarregamento dos veículos e estimular a população a dar preferência para esses modelos.
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Qual é o futuro da eletromobilidade no Brasil?
Nos últimos anos, o mercado automobilístico tem se empenhado no desenvolvimento de veículos elétricos. Marcas como Tesla, Volkswagen e Ford já têm modelos circulando em diversas cidades enquanto tentam construir baterias que proporcionem ainda mais energia para esses produtos.
Recentemente, dez grandes montadoras mundiais se uniram para impulsionar o setor, determinando que até 2030 a maior parte das próprias linhas será híbrida ou elétrica. Entre as empresas que fazem parte do acordo estão nomes como Renault, Nissan, Volvo e Honda. De olho nas potencialidades da mobilidade elétrica, a Apple também tem realizado grandes investimentos. A empresa da maçã pretende lançar um carro elétrico chamado Apple Car até 2026.
Se o setor parece estar mais avançado na Europa e nos Estados Unidos, a América Latina precisa ganhar mais atenção dos governos locais. No Brasil, a Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME) projeta que o crescimento nos próximos anos deve ser maior em relação a ônibus e patinetes elétricos, enquanto os veículos de passeio devem apresentar desenvolvimento mais baixo.
Um dos principais motivos para isso é a falta de incentivos do governo brasileiro na expansão de fontes renováveis, além do alto valor pelo qual os veículos elétricos são comercializados no País, o que os torna inacessíveis para a grande maioria dos consumidores.
Apesar dessas estimativas pouco contagiantes, o rumo da eletrização do transporte brasileiro ainda pode ser alterado, pois a mudança no comando da Petrobras deve aumentar a preocupação da estatal com fontes de energia renováveis. Além disso, o atual governo fez promessas a órgãos internacionais ligados ao meio ambiente, propondo-se a adotar políticas que reduzam a emissão de carbono na atmosfera e garantam a preservação da Amazônia.
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