Espaços verdes foram ressignificados durante a pandemia

14 de março de 2021 3 mins. de leitura

Entenda como as pessoas passaram valorizar parques e praças durante a pandemia

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A pandemia de covid-19 afetou diretamente os hábitos e os comportamentos das pessoas, pois exigiu o isolamento social, considerado a única medida possível para frear o contágio pela doença.

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Essa situação afetou o bem-estar e a saúde mental de grande parte da população. Para enfrentar as ansiedades e o estresse provocados por tal momento, muita gente buscou nos espaços verdes um refúgio, culminando na ressignificação de praças e parques. 

A partir do momento em que houve certa flexibilização do isolamento social, muitos viram nesses locais uma oportunidade de se manter em equilíbrio psíquico. A vontade de estar próximo a áreas verdes refletiu, inclusive, no mercado imobiliário, e a busca por imóveis com mais área útil e espaços verdes cresceu.

Os espaços verdes são uma área apropriada para a preservação da saúde física e mental (Fonte: Pexels, Tirachard Kumtanom).
Espaços verdes são áreas apropriadas para a preservação da saúde física e mental. (Fonte: Pexels, Tirachard Kumtanom)

As áreas verdes foram vistas como locais menos propensos ao contágio pelo coronavírus por serem abertas e terem muita ventilação. Poucas praças tiveram o acesso restrito durante a pandemia, o que fez que muitos passassem a explorar os espaços de seus bairros. Há também a vantagem de que, para chegar a esses locais, em geral são necessários apenas alguns minutos de caminhada ou pedalada, diminuindo a necessidade de exposição a outros meios de transporte.

As praças são ambientes que podem ser facilmente acessados, por exemplo, após alguns minutos de a pé ou de bicicleta (Fonte: Pexels, Jodie Louise).
Praças são ambientes que podem ser facilmente acessados com alguns minutos a pé ou de bicicleta. (Fonte: Pexels, Jodie Louise)

Infelizmente, essa discussão também leva à reflexão de que nem todos têm acesso a áreas verdes seguras perto de casa ou tempo para aproveitar esse tipo de espaço. Isso tem muito a dizer sobre a desigualdade socioespacial, que se mostrou ainda mais nítida durante a pandemia de covid-19.

De olho nesse impasse, a prefeitura de São Paulo e a do Rio de Janeiro têm pensado cada vez mais em como transformar os espaços públicos em áreas úteis e acessíveis à população, investindo em ações que possibilitem um urbanismo sustentável. Também merecem destaque os projetos de ruas abertas, que abriram vias a pedestres e ciclistas durante a pandemia — um exemplo é a proposta de cidade de 15 minutos, em Paris (França).

Resta saber até que ponto elas serão acessíveis à população mais pobre. 

Fonte: Anap, Prefeitura do Rio de Janeiro

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