As construções de maior evidência estão no México, na Palestina, na Coreia e no Marrocos
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Quando se falam de muros que dividem universos diferentes, é comum se lembrar do muro de Berlim. Mais de 30 anos depois da queda dessa icônica estrutura, há ainda muitas barreiras que dividem cidades, países e povos.
Em geral, o motivo dessas separações são políticas e históricas, tendo dois povos no meio da disputa por uma terra ou na tentativa de conter migrações.
Os muros servem para criar barreiras geográficas e sociais. Em 1989, quando o muro de Berlim caiu, havia 16 barreiras definindo fronteiras no mundo. Em 2015, já existiam mais de 65, com 18 mil quilômetros de construção. Confira alguns deles.
Ao longo dos 3.185 quilômetros de fronteira entre Estados Unidos e México, mais de mil quilômetros são murados, principalmente nas cidades de El Paso, Ciudad Juárez, San Diego e Tijuana. O processo de segregação começou no início da década de 1990.
Em sua campanha eleitoral, o ex-presidente Donald Trump fez desse tema um dos pontos centrais de seu governo, prometendo a construção do restante do muro. Para apoiadores, a medida serviria como forma de conter a imigração ilegal e o tráfico de drogas. Mas a tônica da proposta passava por coibir a entrada de estrangeiros.
Em 1977, foi construído um muro na fronteira da Coreia do Sul com a Coreia do Norte. Além da barreira física, a divisão também representa uma separação ideológica, entre a parte comunista, norte, antes apoiada pela URSS, e capitalista, sul, sob influência dos Estados Unidos.
Atualmente, a área ainda existe e é uma zona desmilitarizada, ou seja, uma faixa em que os soldados das duas Coreias podem transitar, contudo, sem cruzar a linha do outro país.
As cidades de Ceuta e Melilla são de domínio espanhol, mas estão localizadas no extremo norte do continente africano, no Marrocos, próximo ao Estreito de Gibraltar.
Até os anos de 1990 a divisão não era tão perceptível, e o trânsito de pessoas era livre. Contudo, com a criação da União Europeia, a Espanha apertou o cerco em suas zonas de fronteira, criando o muro na região com 20 quilômetros de extensão para conter a imigração africana para a Europa.
O muro da Cisjordânia começou a ser construído em 2002 e objetivo dele era separar Israel do território palestino da Cisjordânia. A barreira tem aproximadamente 760 quilômetros e visa impedir a entrada de palestinos em Israel.
Os que se opõem à barreira defendem que a construção promove a segregação dos povos. Em 2004, o Tribunal de Justiça de Haia considerou ilegal a construção, mas Israel não acatou o parecer.
Além desses, existem outras barreiras construídas na Europa com a tentativa de frear a imigração, bem como no Oriente Médio, que tem relação direta com as lutas religiosas e conflitos por territórios.
Fonte: Viagens, Brasil Escola, El País.