A regulagem das marchas da bike é simples, mas precisa ser feita com atenção para não causar problemas nas pedaladas
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As marchas existem para permitir ao ciclista uma velocidade de pedalada confortável, independentemente da inclinação ou do terreno. No entanto, o câmbio desregulado pode ser um problema sério, levando a um esforço desnecessário que pode até mesmo provocar acidentes e danos à bicicleta.
O sistema de marchas de uma bike é composto de câmbios dianteiros e traseiros, passadores de marcha, cabos, e pelo conjunto de transmissão, que abrange as engrenagens, chamadas de coroas na pedivela e de cassetes na roda traseira. Cada peça tem sua função específica e a eficiência depende do perfeito funcionamento de todos os componentes.
Antes de colocar a “mão na massa”, é preciso descobrir qual é o problema nas marchas da bicicleta. Uma das situações mais comuns é quando as engrenagens não sobem ou diminuem com o comando no passador de marcha. Normalmente, isso é causado por uma tensão inadequada dos cabos.
O ciclista também pode enfrentar quedas contínuas da corrente, mesmo com o sistema bem regulado. Neste caso, provavelmente, os parafusos de limite do desviador estão mal configurados e precisarão de ajustes. A situação também pode ser causada por um gancho do desviador dobrado, provavelmente danificado por uma pancada ou acidente.
Algumas vezes, a redução das marchas acontece da maneira esperada, mas o aumento é arrastado ou lento. O problema pode ser causado por cabos sujos que geram mudanças lentas ou imprecisas.
Resolver os problemas mais simples nas marchas da bicicleta não requer um conhecimento especializado, mas é preciso ter à mão algumas ferramentas básicas. Apenas com uma chave philips — conhecida como chave de fenda estrela ou chave de fenda cruzada —, chave allen 5 mm e uma chave de boca 9 mm será possível fazer todas as regulagens, para proporcionar uma passagem adequada das marchas.
O primeiro item a ser verificado é a tensão do cabo. Caso frouxa demais, haverá problemas em “subir” as marchas. Quando muito tensa, a passagem para uma marcha menor pode não acontecer.
O regulador do cabo, que fica geralmente na marcha traseira ou na parte dianteira da bicicleta, pode resolver isso facilmente. Se o problema não for corrigido com o regulador, será preciso soltar o cabo totalmente e puxá-lo até que ele fique mais tensionado, ou tensionar o cabo até que a marcha desça.
No câmbio traseiro, existem dois parafusos que funcionam como limitadores para a marcha subir ou descer muito, evitando queda da corrente. O parafuso L fica localizado na parte de cima e o H na parte de baixo.
Com o parafuso L solto, a corrente tende a cair para a parte interna. Mas, caso esteja muito apertado, o câmbio não subirá para a última marcha. Para corrigir o problema, basta que o parafuso seja apertado ou afrouxado.
No caso do parafuso H, quando está muito solto, a corrente cai para fora do cassete, e quando muito apertado, a marcha não desce para o câmbio menor. O ajuste é realizado apertando ou soltando o parafuso. O mesmo procedimento se aplica ao câmbio dianteiro.
Quando os procedimentos de regulagem não surtem efeito, o mais aconselhável é procurar uma ajuda especializada. Caso o problema seja na gancheira, será necessária uma ferramenta cara para alinhar a peça com o quadro, compensando mais ir a um mecânico de bicicleta.
Outro problema pode ser a desregulagem do parafuso tensão B, que serve para permitir que a corrente suba. A sua desregulagem deixa a marcha mais lenta para subir ou descer, sendo necessário também conhecimento avançado para realizar o ajuste.
Fonte: Bike Registrada, Pedal.