Novos corredores devem beneficiar 200 mil passageiros por dia, segundo a Prefeitura de São Paulo
Publicidade
A mobilidade urbana da maior cidade do País deve ganhar 13,23 km de faixas exclusivas para ônibus no fim deste ano. O anúncio foi feito no início de outubro, pela Prefeitura de São Paulo. Alguns trechos já estão em funcionamento.
No final de setembro, foram entregues 400 metros para agilizar o deslocamento dos coletivos no entorno do Terminal Grajaú. Essa faixa funciona das 5h às 20h, de segunda a sexta-feira, e das 5h às 14h aos sábados. Ela é importante para administrar a enorme quantidade de veículos acessando o terminal, especialmente em horário de pico.
No mesmo mês, uma faixa com 1,9 km de extensão (somando os dois sentidos) passando pelo Viaduto Antártica, na zona oeste de São Paulo, também entrou em funcionamento. Essa faixa funciona das 6h às 9h no sentido centro e das 16h às 20h no sentido bairro, agilizando o trajeto dos moradores da região para o trabalho.
Leia também: 4 estruturas de mobilidade urbana eficazes para o Brasil
Uma faixa de 1,6 km na Rua Serra de Botucatu, na zona leste, deve beneficiar cerca de 26 mil passageiros que se deslocam para o centro de São Paulo. Também na zona leste, a Av. José Pinheiro Borges receberá 9,3 km de faixas exclusivas para ônibus nos dois sentidos. O corredor deve ir da alça de acesso para a Av. Jacu-Pêssego até a Rua Copenhague, beneficiando 90 mil passageiros por dia.
Com as intervenções programadas para 2021, São Paulo chegará a 550 km de corredores de ônibus, contra 536 do início do ano. A previsão do Programa de Metas da Prefeitura de São Paulo é somar 50 quilômetros dessas intervenções até o fim do mandato municipal, em 2024. A gestão destaca que 25% da meta será alcançada já no primeiro ano à frente da Prefeitura.
Leia também: Como São Paulo está expandindo seu transporte coletivo?
Investir em novos corredores para ônibus e dar maior atenção ao transporte coletivo (frente ao individual) traz benefícios gerais para a mobilidade urbana. Uma pesquisa realizada pela empresa Scipopulis com o Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP Brasil) mostra que essas faixas podem reduzir o tempo de viagem em até 30%, em regiões movimentadas.
Isso é possível porque o transporte coletivo demanda muito menos espaço para transportar mais pessoas. Segundo dados da National Association of City Transportation Officials (Nacto), um coletivo ocupa 36 m² para transportar 50 pessoas.
Esse espaço aumentaria para 400 m2 se essas pessoas estivessem distribuídas em 33 automóveis, seguindo a média de 1,5 pessoa por carro. A diferença, de 11 vezes, influencia nos congestionamentos, por exemplo.
Em vista disso, o secretário executivo de Transporte e Mobilidade Urbana, Levi Oliveira, afirma que as novas faixas para o transporte coletivo “são intervenções que tornam o uso do viário mais democrático, melhoram a velocidade dos ônibus, a regularidade do serviço e resultam em ganho de tempo para a população”.
Fonte: Prefeitura de São Paulo.